segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Passando pela vida
No compasso infinito da vida, passo por esse mundo onde todos passam, apressados, sempre achando que somente o futuro existe… olvidando os passos passados e esquecendo o presente que também passa…
Pessoas taciturnas, sem sorrisos, passam descompassadas pela passarela intrínseca do mundo. Pasto de selvagens materialistas.
Pássaros feridos na terra de concreto, passam pela vida como se a vida passasse algum dia. Correm contra um tempo inexistente; correm contra um tempo cadente possível de perecer passado em suas mentes devastadas.
Passivamente, os seres passam pensando que seus passos pertencem à realidade muda, que pensam eternas… esquecendo que estão somente de passagem…
No meio do caminho tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho. Mas todos passavam pelas pedras fingindo que seus pés não sangravam. Eles passavam fingindo também que não enxergavam a dor daqueles que choravam no compasso das horas…aqueles que passavam pacientes e passivos.
Passaredos de um mundo cinza e passional, que tem como passatempo o amor ao concreto…Eles, os que passam olvidando os que choram no caminho, sonham com a verdade passageira.
A cegueira do mundo parece que não passa. E essa dor que invade meu peito, parece também ter passe livre diante às provas da vida.
Mas eu sei tudo passa... Isso também passa…E eu vou me embora pra Pasagárda.
Mas quero antes passar pela vida…Não quero que a vida passe por mim. E nas palavras do grande poeta, todos esses que estão atravancando meu caminho, eles passarão, e eu passarinho…

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