segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

O Encanto.

Perdeu-se, evadiram-se no espaço (no ar), como uma mágica dos mais dinâmicos mágicos da vida aqueles que conseguem em pouco tempo esquecer as maleficências do cotidiano o travor das mazelas experimentadas por mais longa que sejam as existências de vida vivida e, consegue enterrar no embrulho do tudo passa o que aconteceu e que não foi gostoso nos esmerados do viver.
Foi-se, mas foi mesmo, aquele encanto maravilhoso tombado no íntimo dos que mais pertencem e guarda no escrínio memorial a fortaleza de resistir a tudo bem como a quem pertencer tais males.
O encanto do ar acabou-se, se foi como diz o cantor como “nuvem passageira” como aquilo que vemos e não sentimos o abstrato, o sonho de quem viveu e passou no quadro das imagens de Picasso, nos ensinamentos filosóficos de Sócrates que antes de ingerir a Cicuta falava sabiamente dos conceitos da vida do “imortal” da gratidão, dos sentimentos puros tingidos sempre pela “mequetrefagem” dos insípidos ou até mesmo sórdidos onde abalam o divinal das purezas adiadas de outros princípios nobres e eficazes.
A canção acabou o embalo das noites recobertas pelos bemóis e sustenidos de uma escala musical onde o tom maior ou menor era gravado no disco de prata, não pela vendagem da música, mas, pelo desencanto; o encanto quebrado nos compassos que ritmavam as noites de serenatas, a gravação era na Lua indigente talvez, mas manuscritada em partitura repleta de amor e carinho.
Falam ou choram violões, em cordas trêmulas como numa despedida derradeira como quem parte se despede e não volta tão logo ou até mais cedo de um horizonte quiçá intransponível mistificado pelos sonoros acordes da sonata quem embalou a noite clara ou escura quem sabe.
Será que você sonhou? Ou viveu a realidade do encanto que perdeu encanto, que perdeu brilho, que foi atirado pelos bequadros do andamento maléfico descompassados dos desastrosos ruminantes neste mundo de “infaustilidade” onde o profeta não consegue presumir o cadafalso dos pertinentes coloridos “algoziantes” de mistérios que são e serão sempre inexplicáveis no mundo das fantasias, dos fanáticos atordoadores do mal e da inviolabilidade do momento que não sabemos o futuro, pois não é da terra prever o acontecimento do amanhã.
O canto da voz encanta, mas o desencanto brota das cadavéricas e mesquinhas rupturas da maviosidade embevecida dos menestréis que cantam e empalidece as contas dos rosários entremeado de mistérios que rezamos no ato benfazejo e glorificado Deus criador de todas as coisas.
Cantemos as glórias de Javé, e renunciamos o propulsor dos ódios “malcaratado” dos dias que vivemos.







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