O Encanto.
Perdeu-se, evadiram-se no espaço (no ar),
como uma mágica dos mais dinâmicos mágicos da vida aqueles que conseguem em
pouco tempo esquecer as maleficências do cotidiano o travor das mazelas
experimentadas por mais longa que sejam as existências de vida vivida e,
consegue enterrar no embrulho do tudo passa o que aconteceu e que não foi
gostoso nos esmerados do viver.
Foi-se,
mas foi mesmo, aquele encanto maravilhoso tombado no íntimo dos que mais
pertencem e guarda no escrínio memorial a fortaleza de resistir a tudo bem como
a quem pertencer tais males.
O
encanto do ar acabou-se, se foi como diz o cantor como “nuvem passageira” como
aquilo que vemos e não sentimos o abstrato, o sonho de quem viveu e passou no
quadro das imagens de Picasso, nos ensinamentos filosóficos de Sócrates que
antes de ingerir a Cicuta falava sabiamente dos conceitos da vida do “imortal”
da gratidão, dos sentimentos puros tingidos sempre pela “mequetrefagem” dos
insípidos ou até mesmo sórdidos onde abalam o divinal das purezas adiadas de
outros princípios nobres e eficazes.
A canção acabou o
embalo das noites recobertas pelos bemóis e sustenidos de uma escala musical
onde o tom maior ou menor era gravado no disco de prata, não pela vendagem da
música, mas, pelo desencanto; o encanto quebrado nos compassos que ritmavam as
noites de serenatas, a gravação era na Lua indigente talvez, mas manuscritada
em partitura repleta de amor e carinho.
Falam ou choram violões, em cordas
trêmulas como numa despedida derradeira como quem parte se despede e não volta
tão logo ou até mais cedo de um horizonte quiçá intransponível mistificado
pelos sonoros acordes da sonata quem embalou a noite clara ou escura quem sabe.
Será que
você sonhou? Ou viveu a realidade do encanto que perdeu encanto, que perdeu
brilho, que foi atirado pelos bequadros do andamento maléfico descompassados
dos desastrosos ruminantes neste mundo de “infaustilidade” onde o profeta não
consegue presumir o cadafalso dos pertinentes coloridos “algoziantes” de mistérios
que são e serão sempre inexplicáveis no mundo das fantasias, dos fanáticos
atordoadores do mal e da inviolabilidade do momento que não sabemos o futuro,
pois não é da terra prever o acontecimento do amanhã.
O canto da voz encanta, mas o desencanto
brota das cadavéricas e mesquinhas rupturas da maviosidade embevecida dos
menestréis que cantam e empalidece as contas dos rosários entremeado de
mistérios que rezamos no ato benfazejo e glorificado Deus criador de todas as
coisas.
Cantemos as glórias de Javé, e
renunciamos o propulsor dos ódios “malcaratado” dos dias que vivemos.
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