Crônicas do Ipu –
Eusébio de Sousa.
Introdução
Corria
o mês de novembro de 2005 quando recebi do prof. Francisco Melo uma notícia
que, para mim, foi uma verdadeira boa-nova: havia o prof. Melo encontrado nos
arquivos de seu falecido pai uma antiga Revista Trimestral do Instituto do
Ceará, na qual havia interessante artigo de Eusébio de Souza sobre a história
do Ipu. Grande foi a minha alegria ao receber esta notícia, ainda mais por já
conhecer a grande generosidade com que o prof. Melo tem colocado seu vastíssimo
acervo à disposição de nós pesquisadores.
Costumo dizer que a pesquisa histórica, quando feita em
cidades pequenas, acaba forçando o pesquisador a “viver de favores”. Quero
dizer com isso que, diante da falta de arquivos públicos, de bibliotecas competentes,
não nos resta alternativa que não seja a de pedir humildemente a ajuda de
pessoas que, como o prof. Melo, têm o privilégio de manter sob a sua guarda
documentos preciosos para a história da cidade. Infelizmente, nem todos se
mostram tão solícitos quanto o prof. Melo. Na verdade, costumo dizer que ele é
um caso a parte, uma providencial exceção diante da escassez de fontes para as
pesquisas sobre a história do Ipu.
Sua generosidade nunca será reconhecida na justa medida da
ajuda que nos tem prestado e nosso reconhecimento, por mais sincero, nunca
expressará o real valor das incontáveis contribuições que tem prestado aos
pesquisadores da história do Ipu.
Diante de seu mais recente achado - a revista do Instituto
-, o qual me foi cedido, não tive dúvida. Em face do preocupante estado de
conservação do volume, com várias páginas ausentes e grandes parte das
restantes já rasgadas e em vias de perderem-se, resolvi transcrever o trabalho
de Euzébio de Souza, sabendo que isso me custaria muita paciência.
Não estranhe o leitor a ortografia. Preservei na íntegra a
ortografia da época. O que pode parecer erro de digitação é, na realidade, a
ortografia original. Os erros de impressão também foram preservados.
Por último, coloco este trabalho à disposição de todos os
colegas historiadores que se debruçam sobre os “vazios” da história do Ipu, aos
quais não faço nenhuma restrição. A única condição para o acesso ao arquivo é
que o interessado seja reconhecido como pesquisador e demonstre o conhecimento
teórico e metodológico inerente a tal título e, acima de tudo, compromisso
profissional e ético.
Jorge Luiz Ferreira Lima
Ipu, dezembro de 2005.
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