domingo, 23 de outubro de 2016

A Bodega do “Mané” Rocha.

Foi-se! A bodeguinha do seu “Mané Rocha”. Ficava localizada em uma dos cômodos do Mercado Publico do Ipu, lado, frente para antiga Prefeitura, portanto lado Poente. Quase na esquina onde hoje e é uma Lanchonete.
Frequentavam aquela birosquinha, varias pessoas de nossa cidade. Era ponto certo do Sr. Joaquim Dias Martins, funcionário do antigo DENERU, Dequinha Aragão outros mais.
Numa certa tarde/noite por lá passando encontrei tomando bebericadas de                     Pinga os dois acima citados conversando e de vez enquanto tomavam um trago dose uma aguardente bastante conhecida naquela época por Beijo de Moça, de fabricação da família Teófilo.
Parei um pouco e fiquei ouvindo o bate papo deles.
Joaquim dias muito criativo, mas muito satírico dizia para o Dequinha que tinha lido um livro de Dante sobre o Inferno e que tinha gostado bastante.
Dequinha já com umas na cabeça indagou perguntando ao Seu Joaquim do que se tratava verdadeiramente.
Ele de imediato respondeu e disse: tudo sobre o “Inferno”, Dequinha deu uma reviravolta na Cabeça e exclamou “vixe”!
Nada demais Dequinha disse o Seu Joaquim. Apenas quero lhe nomear como Porteiro do Inferno. Dequinha relutou um pouco e pensou e respondeu que sim, ia aceitar a nomeação.
Joaquim dias então ficou muito satisfeito e passou a lhe dar instruções de como poderia proceder.
De imediato passou-lhe uma grande chave do enorme portão (segundo ele) do inferno, e cada vez que morresse uma pessoa ou pessoas que mereciam os caldeirões das profundezas, de repente ele seria avisado por um CÃO CHEFE, para subir e abrir o Portão.
E assim ficou combinado. Joaquim Dias disse que já tinha ido por lá e tinha encontrado muitos aqui do Ipu e passou a citar: Vicente Jorge Ferreira Maia, Oscar Coelho, Joaquim Lima, Bitião, Dona dos Anjos e maior surpresa foi quando lá estava sentado numa cadeira um tanto cômoda e de menos sofrimento. Era o Dr. Chagas Pinto que na terra tinha sido um bom Médico e muito humanitário, mas ao lado dela estava outro médico não muito bem sucedido. Era o Dr. Francisco Costa Araújo, popularmente conhecido por Dr. Araujinho. Estava num sofrimento horrível, sentado numa cadeira de onde subiam grandes labaredas de fogo.
Joaquim ao ver tudo aquilo, resolveu voltar pra terra. Ao dobrar a esquina do Bar Cruzeiro deu uma peitada na velha CUJUBA, que estava a caminho dos QUINTOS DOS INFERNOS.
O Dequinha já se encontrava de plantão no grande portão que a pobre velha pudesse adentar ao tão horrível lugar.
Pois é, caros leitores, seu Joaquim tinha dessa.
Mas depois desta conversa dos dois saíram já bem “melados”, abraçado esperando a qualquer momento receberem um chamado para lá se encontrarem para colocar mais um no terrível sofrimento do Inferno.
Francisco de Assis Martins
(Prof. Mello) IPU-CE










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