domingo, 3 de abril de 2016


Apresentação
“Os antigos divinizaram e personificaram o tempo sob a figura de um velho com duas asas, para significar a sua rapidez em- apunhando uma foice, símbolo do poder destrutivo e algumas vezes uma ampulheta emblema do decorrer contínuo dos anos!”... (Lello Universal).

Em minhas mãos o livro Simplesmente Crônicas – IPU, do professor, historiador, músico, escritor e poeta – Francisco de Assis Martins, o amigo Chico Melo. É uma verdadeira explosão de sentimentos em que o autor vazou a própria alma, derramando alegrias, tristezas, saudades, amores e benquerenças. Chico Melo reconhece as asas do tempo e o correr dos anos, porém não deixou que a foice destruísse um passado de glórias. O livro é um importante registro da formação do nosso povo elaborado com carinho e veracidade. As fotos são raras e mostram o início de nossa civilização, cujo conteúdo é uma verdadeira riqueza histórica e cultural. Lembra o mito IRACEMA em plena praça, o velho tamarineiro, o Quadro da Igrejinha, etc. Recordar as escolas Reunidas, Escola Normal Rural, Patronato Sousa Carvalho, Cenáculo e tantos outros que ainda moram em nossa eterna saudade, como o Grêmio Ipuense, Clube Artista. Chico Melo escreve sobre os engenhos, as fogueiras, os piqueniques, as serenatas, os reisados, cantigas de roda... (como é bom recordar...) O livro do historiador apresenta uma rica exposição sobre a Imprensa de Ipu. O primeiro jornal — início de uma época áurea que os literatos deixaram para posteridade. Vale a pena conhecer o livro do escritor. ...E a lânguida planície deita-se para receber o beijo sensual do Ipuçaba que desce sorrateiro pela muralha da Ibiapaba.

Professora, Maria Eunice Martins Melo Aragão. Da Academia Ipuense de Letras Ciências e Artes – Cadeira nº 33

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