Apresentação
“Os antigos divinizaram e personificaram o tempo sob a figura de
um velho com duas asas, para significar a sua rapidez em- apunhando uma foice,
símbolo do poder destrutivo e algumas vezes uma ampulheta emblema do decorrer
contínuo dos anos!”... (Lello Universal).
Em minhas mãos o livro Simplesmente Crônicas – IPU, do
professor, historiador, músico, escritor e poeta – Francisco de Assis Martins,
o amigo Chico Melo. É uma verdadeira explosão de sentimentos em que o autor
vazou a própria alma, derramando alegrias, tristezas, saudades, amores e
benquerenças. Chico Melo reconhece as asas do tempo e o correr dos anos, porém
não deixou que a foice destruísse um passado de glórias. O livro é um
importante registro da formação do nosso povo elaborado com carinho e
veracidade. As fotos são raras e mostram o início de nossa civilização, cujo
conteúdo é uma verdadeira riqueza histórica e cultural. Lembra o mito IRACEMA
em plena praça, o velho tamarineiro, o Quadro da Igrejinha, etc. Recordar as escolas
Reunidas, Escola Normal Rural, Patronato Sousa Carvalho, Cenáculo e tantos
outros que ainda moram em nossa eterna saudade, como o Grêmio Ipuense, Clube
Artista. Chico Melo escreve sobre os engenhos, as fogueiras, os piqueniques, as
serenatas, os reisados, cantigas de roda... (como é bom recordar...) O livro do
historiador apresenta uma rica exposição sobre a Imprensa de Ipu. O primeiro
jornal — início de uma época áurea que os literatos deixaram para posteridade.
Vale a pena conhecer o livro do escritor. ...E a lânguida planície deita-se
para receber o beijo sensual do Ipuçaba que desce sorrateiro pela muralha da
Ibiapaba.
Professora, Maria Eunice Martins Melo Aragão. Da Academia
Ipuense de Letras Ciências e Artes – Cadeira nº 33
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