terça-feira, 8 de março de 2016

                                                        

DESPERTA, MULHER

Há dois mil anos te quebraram as algemas

Cadê o brado de liberdade?
“Rainha do Lar”, “sexo frágil”
Que pena, as quatro paredes te
Tornam fria a vazia.
Como as panelas espalhadas.
Rainha de que? Qual o poder que te coroa
Não te permitas a fragilidade, a frieza,
A incompetência.
Desperta, mulher!
O mundo geme o parto do homem novo.
Está em ti a carga explosiva da nova sociedade.
Percebe? A humanidade perpassa no teu ventre!
Ninguém cria consciência sentada
No sofá diante da TV,
Alienado no silencio dos covardes que assistem
Aos irmãos tombando de fome.
Acorda mulher... Eles são teus filhos.
Tu és metade da população e mãe.
Da outra metade.
Desperta mulher negra, branca, índia...
Resgata teu nome!
Tu conténs energia geradora que
Recria e constrói o homem.
Avante mulher! Não deixes que se
Atrofiem teus neurônios.
Na procura do batom... na moda da sai.
Conta à história, que a 2ª Guerra Mundial,
Mulheres foram convocadas para luta,
Da noite para o dia, deixaram  de ser
Prendas domesticas,
E provaram sua competência
nos campos de batalha.
Desperta, mulher
Até quando vão ti manipular?
Até quando vais ser objeto
De cama e mesa?
Se estímulo, a vida se torna vegetativa.
Vai, mulher,
Anuncia aos irmãos que tens valor,
Dignidade e direito,
Javé... desperta na mulher
O teu rosto materno.

             Verônica Hans, Rio Grande do Sul, SC  


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