Peladas na Praia do Jacareacanga
Costumeiramente íamos aos sábados por
volta das nove horas do dia para a resenha em frente ao Café Cearazinho, ponto
certo da colônia estudantil do Ipu, todos os sábados. Não obstante a outros
pontos que fazíamos como na Esquina da Rouvani Modas, conhecida por todos como
a esquina do Pecado. Sambem por que do PECADO? Ali ficávamos olhando a jovens
estudantes da Escola Normal, Liceu, Lourenço Filho e outros grandes Colégios,
ali passarem alguns para umas flertadas e mais especialmente ver a saia da
estudantada serrem levantadas pelo vento forte que soprava da Praia e com o
choque com o Cine São Luiz as saias voavam, mas acho que elas gostavam, pois
não mudavam de lugar. Era fantástico! As nossas quase sempre meninices.
Comprávamos revezando em cada sábado
uma bola de borracha, mas de borracha mesmo, pesado para não ser levada
facilmente pelo vento vindo do Mar.
E depois das 14 h lá íamos nós para
pelada na Praia até fim da tarde. Memoráveis dias jamais voltarão nem mesmo com
a juventude hoje.
Outros Locais de nossas Preferências.
Era o Tuíste Bar, na Praça da estação
ferroviária. Presença apenas de alguns bebericando a velha Bagageira, e um
violão e uma voz. Dião cantava e animava o ambiente.
Depois das dez, o programa era outro.
Subir descer nas Boates da Rua Barão do rio Branco e para apenas contemplar as
mulheres de vida fácil que ali residiam e estavam sempre prontas para receber
os seus pretendentes.
Na boate fascinação existia uma Mini
Orquestra que abria anoita com bonita música FASCINAÇÃO, vi e, ouvi muitas
vezes.
Já pela madrugada íamos parar no
Abrigo Central, na Praça do Ferreira ou num pequeno restaurante no Passeio
Publico nome oficial Praça dos Mártires, para saborear e começar tirar a ressaca
com gostoso caldo de peixe era simplesmente apoteótico.
No domingo voltávamos à
tranquilidade, começar a mexer nos livros e na segunda-feira, tome aula e muito
estudo e muito trabalho.
Em outras oportunidades
frequentávamos as tradicionais e gostosas “Tertúlias no Maguari”, dançávamos ao
som do Ivanildo e seu Conjunto, Ivan e seu Conjunto, Canhoto e seu Conjunto e
outros.
Ivanildo até compôs uma música
intitulada Tertúlias no Maguari.
Nossa vida de estudante era mais ou
menos assim. O Patrocinador desta obra LUIZ PESSOA ARAGÃO, carinhosamente
conhecido por todos do Ipu como “Boy” o nosso amigo fazia partes dessas histórias
das quais ele fazia parte hoje relembradas neste livro.
Não podemos esquecer outros bons e
jocosas momentos vividos por nós não vou decorrer nenhum para não afetar e nem
zangar nenhum de nossos amigos hoje em posições profissionais das mais
destacadas, vou apenas fazer alguns citações vividas entre nós.
Na Peixada do Alfredo, No Centro de
Cultura Hispânica, no Passeio Público, na Estação Ferroviária, na Boate
Guarani, com aquele Piano tocado maravilhosamente por uma senhora de meia
idade, das escadarias da própria Boate (Irapuan), e muitos outros.
Bom muito bom! Pena é que não podemos
mais voltar a viver este passado. Muitos já partiram para o Oriente Eterno,
enquanto isso nós estamos por aqui até enquanto Deus permitir relatando tudo
isto para posteridade de todos nós.
Com a devida e permissão de nossa
miga Telma Lima colocarei duas crônicas das amigas Carrinha e Cleide Lima que
me foram enviadas para um programa de Saudades que eu apresentava na Rádio
Iracema/Regional.
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