quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Peladas na Praia do Jacareacanga

Costumeiramente íamos aos sábados por volta das nove horas do dia para a resenha em frente ao Café Cearazinho, ponto certo da colônia estudantil do Ipu, todos os sábados. Não obstante a outros pontos que fazíamos como na Esquina da Rouvani Modas, conhecida por todos como a esquina do Pecado. Sambem por que do PECADO? Ali ficávamos olhando a jovens estudantes da Escola Normal, Liceu, Lourenço Filho e outros grandes Colégios, ali passarem alguns para umas flertadas e mais especialmente ver a saia da estudantada serrem levantadas pelo vento forte que soprava da Praia e com o choque com o Cine São Luiz as saias voavam, mas acho que elas gostavam, pois não mudavam de lugar. Era fantástico! As nossas quase sempre meninices.
Comprávamos revezando em cada sábado uma bola de borracha, mas de borracha mesmo, pesado para não ser levada facilmente pelo vento vindo do Mar.
E depois das 14 h lá íamos nós para pelada na Praia até fim da tarde. Memoráveis dias jamais voltarão nem mesmo com a juventude hoje.
Outros Locais de nossas Preferências.
Era o Tuíste Bar, na Praça da estação ferroviária. Presença apenas de alguns bebericando a velha Bagageira, e um violão e uma voz. Dião cantava e animava o ambiente.
Depois das dez, o programa era outro. Subir descer nas Boates da Rua Barão do rio Branco e para apenas contemplar as mulheres de vida fácil que ali residiam e estavam sempre prontas para receber os seus pretendentes.
Na boate fascinação existia uma Mini Orquestra que abria anoita com bonita música FASCINAÇÃO, vi e, ouvi muitas vezes.
Já pela madrugada íamos parar no Abrigo Central, na Praça do Ferreira ou num pequeno restaurante no Passeio Publico nome oficial Praça dos Mártires, para saborear e começar tirar a ressaca com gostoso caldo de peixe era simplesmente apoteótico.
No domingo voltávamos à tranquilidade, começar a mexer nos livros e na segunda-feira, tome aula e muito estudo e muito trabalho.
Em outras oportunidades frequentávamos as tradicionais e gostosas “Tertúlias no Maguari”, dançávamos ao som do Ivanildo e seu Conjunto, Ivan e seu Conjunto, Canhoto e seu Conjunto e outros.
Ivanildo até compôs uma música intitulada Tertúlias no Maguari.
Nossa vida de estudante era mais ou menos assim. O Patrocinador desta obra LUIZ PESSOA ARAGÃO, carinhosamente conhecido por todos do Ipu como “Boy” o nosso amigo fazia partes dessas histórias das quais ele fazia parte hoje relembradas neste livro.
Não podemos esquecer outros bons e jocosas momentos vividos por nós não vou decorrer nenhum para não afetar e nem zangar nenhum de nossos amigos hoje em posições profissionais das mais destacadas, vou apenas fazer alguns citações vividas entre nós.
Na Peixada do Alfredo, No Centro de Cultura Hispânica, no Passeio Público, na Estação Ferroviária, na Boate Guarani, com aquele Piano tocado maravilhosamente por uma senhora de meia idade, das escadarias da própria Boate (Irapuan), e muitos outros.
Bom muito bom! Pena é que não podemos mais voltar a viver este passado. Muitos já partiram para o Oriente Eterno, enquanto isso nós estamos por aqui até enquanto Deus permitir relatando tudo isto para posteridade de todos nós.


Com a devida e permissão de nossa miga Telma Lima colocarei duas crônicas das amigas Carrinha e Cleide Lima que me foram enviadas para um programa de Saudades que eu apresentava na Rádio Iracema/Regional.

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