sábado, 27 de fevereiro de 2016

Causo no Ipu
Raimundo Nonato Mello.
Era meu Avô Materno. Não cheguei a conhecê-lo, mas as histórias me foram passadas pelas minhas tias e minha Mãe. Músico tocava flauta transversal. Uma flautinha de Ébano apenas com 09 chaves que ainda se encontra em meu poder como relíquia de uma peça com mais de 100 anos.
Gostava de pregar peças. Quando da chegada dos revoltosos no Ipu, a minha Vó tremendo de medo pediu que ele Raimundo parasse o Relógio de Parede para que os Revoltosos não ouvissem as suas badaladas e assim ele fez. Quando se preparou para o serviço estava somente de calças falsamente amarrada com uma imbira na sua cintura e quando todos olhavam para a parada do Relógio, Raimundo deixou cair às calças ficando totalmente pelado, foi um horror dos presentes e ele morrendo de rir se recompôs imediatamente. Era também sapateiro e muito de seus amigos gostavam de ir bater papo na sua tenda, um deles era o Manoel Meriquita. Aprontou-lhe o seguinte preparou uma cadeira com o assento repleto de tachinhas, preguinhos apenas com a ponta de fora e quando Manoel chegou deu bom dia e ele respondeu sisudamente o bom dia. Manoel ao sentar-se ou ao tentar sentar-se foi profundamente assustado e até mesmo machucado com os preguinhos que se encontravam nas cadeiras. Ele riu muito, mas no outro dia o seu Manoel já se encontrava por lá, tudo bem.

Vovô tinha uma alcunha que trouxera de Sobral sua terra Natal de: “Raimundo Cebola”, apelido que herdara de sua mãe que vendia muito coentro e cebola na cidade de Sobral. Quando assim lhe chamavam de, Raimundo Cebola ele respondia: “No rabo da tua mãe tem uma Rola”, etc. e etc...

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