sábado, 28 de novembro de 2015


Resumo


O livro Iracema de José de Alencar publicado em 1865, considerado romântico da fase indianista aborda a história de amor entre Martim que se perdeu na mata e a índia pitiguara Iracema, também denominada no romance como a virgem dos lábios de mel. O guerreiro branco é acolhido pela tribo de Iracema que se apaixona pelo rapaz, no entanto, por ser filha do pajé e guardar o segredo da jurema ela não poderia se entregar a nenhum homem. Enquanto Iracema toma conta do seu hóspede, os índios da tribo tabajara se preparam para a guerra contra os pitiguaras, assim Poti, índio que se unira aos brancos e amigo de Martim, aparece para levá-lo para evitar uma luta entre os índios de tribos rivais. Eles combinam que Martim sairá na mudança da lua, ocasião em que os tabajaras estariam em festa e ficaria mais fácil os dois evitarem o encontro com o guerreiro Irapuã, que é apaixonado por Iracema. Enquanto esperava o momento de partir, Martim provou o licor da jurema e, durante o sono, chamou por ela que atendeu ao pedido dele. Quando Martim acordou, achou que tudo tinha sido um sonho, quando na verdade tudo foi real. Chega o dia dele partir, Iracema o acompanha até os limites de sua tribo, quando ele manda que ela fique, a índia diz que não pode ficar, pois já é sua esposa. Os tabajaras os perseguiram e houve o confronto entre as duas tribos. Iracema chorou pela morte de seus irmãos, mas passou a viver feliz com Martim. Depois de certo tempo muito felizes, Martim deixa Iracema para ajudar os pitiguaras na luta contra a tribo dela, deixando Iracema grávida, sendo consumida pela tristeza e a saudade de seu marido. Após um longo período de lutas, Martim e Poti bolam uma estratégia de defesa, escondem os guerreiros e atacam de surpresa, vencendo o inimigo. Durante este combate, Iracema dá a luz a seu filho, que se chama de Moacir - filho da dor. Pela tristeza, ela perde o apetite e as forças. Quando volta do combate, Martim a encontra fraca, à beira da morte. Ela apenas apresenta o filho ao marido e morre, pedindo que a enterre aos pés do coqueiro que ela tanto gostava. Após enterrá-la, Martim pega o filho e parte para a Europa.

Análise

A relação do casal serviria de alegoria para a formação da nação brasileira. A índia Iracema representaria a natureza virgem e a inocência, enquanto o colonizador Martim representa a cultura europeia. Da junção dos dois surgirá a nação brasileira, representada alegoricamente, pelo filho do casal, Moacir ("filho da dor").

O espaço

A valorização da cor local, do típico, do exótico inscreve-se na intenção nacionalista de embelezar a terra natal por meio de metáforas e comparações que ampliam as imagens de um Nordeste paradisíaco, primitivo. 


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