A falsidade
A falsidade é um sentimento
humano, quase instintivo, irmão da hipocrisia e pai da mentira. Quando a
percebemos em um amigo e, pior ainda, na pessoa amada, mais do que a confiança,
esvai-se o desejo de acreditar na bondade humana, uma triste e perniciosa
ilusão, com a qual nos defendemos da realidade, nessa eterna busca de proteção
contra o desamparo.
Para encontrar respostas, tempere
as ilusões com um pouco de realidade, sem negar os conflitos e sem esconder de
ti mesma a infinita maldade dos homens.
Enfim, não esperes por um ser
humano perfeito, que nunca vá te desamparar, alguém que haverá de embelezar a
tua vida com pílulas de felicidade, porque, vivendo na ilusão, podes até
encontrar proteção contra o desamparo e a solidão, mas deixarás de exercer a
tua potencialidade criativa, experiência multifacetada e rica, que revela a
singularidade da vida humana.
A felicidade está em ti, e não nos
falsos amigos e amantes de coração vazio! Cresce e deixa a carapaça da tua
infantilidade! Não atribua aos amigos traiçoeiros a culpa dos teus males,
porque cada um dá apenas o que tem! De um coração pérfido, só podes esperar a
perfídia!
A culpa é tua, porque
abdicaste da própria felicidade, entregando o teu destino nas mãos de outra
pessoa, mesmo sabendo que o maior interessado eras tu, e ninguém mais..
Aprende com os falsos amigos,
porque de mentira em mentira, descobres a verdade. . .
Mas lembra-te: só é forte quem
resiste aos fracos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário