segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Nos Caminhos do Ipu.
Ipu, cidade encravada ao sopé da Ibiapaba tem a sua toponímia composta de relevos e planícies. Cortada pelo riacho Ipuçaba o que muito contribuiu para o nosso desenvolvimento sócio cultural.
Na sua confrontação morfológica Ipu teria uma forma de AVE, sendo o Quadro da secular Igrejinha chamado de Papo e a sua primeira Rua chamada de Goela e que segundo alguns historiadores formariam a goela e o Papo de uma Ave e lá mais na ponta, ou seja, no final da Rua o Bico dando à formação de um pássaro, coisa não muito aceita por alguns que estudam a nossa história.
Ipu teve os seus primeiros passos com a chegada de Dona Joana de Paula Vieira Mimosa, uma portuguesa que aqui chegou vindo de Pernambuco onde recebeu das cortes portuguesas uma légua de terra que ela destinou ao Patrimônio de São Sebastião que logo em seguida se tornara o Padroeiro da cidade, por vontade de seu marido Joao Alves Fontes.
Para o orago do Santo foi construídas uma pequena capela de taipa e coberta de palhas com a frente virada para o Poente que serviu por algum tempo para as celebrações das Missas do Natal e Ano Novo. Eram missionários e até mesmo jesuítas que aqui chegava vindo de viçosa a pé para as citadas celebrações.
Dona Joana Mimosa, a portuguesa e desbravadora de nossa Ipu, veio de Pernambuco até Fortaleza de Navio e de Fortaleza (Forte de Nossa Senhora de Assunção) a Camocim e outras embarcações, e para o Ipu veio A PÉ.
Consoantes destes primeiros relatos podem começar a descrever como se deslocavam a Ipu os viandantes da época, não obstante a vivencia dentro do próprio Município.
O nosso homem primitivo fez uso do seu próprio corpo para se locomover a diferentes plagas do Universo.
Ipu não foi diferente. Os nossos conterrâneos que residiam a certas distancias da Sede do Munícipio faziam as suas andanças A PÉ, ou no Pé dois como chamamos hoje.
Revendo os arquivos do Sr. Joao Anastácio Martins, (Meu Pai) e de Joaquim de Oliveira Lima, dois memorialistas que contava a palavras amiudadamente da nossa história.
E não foram diferentes do Homem Sapiens, Os nossos deslocamentos dentro do próprio território Municipal se davam caminhando e carregando nos seus próprios ombros produto alimentícios para as suas subsistências. Outros também em suas costas traziam produtos dos mais rudimentares para serem comerciados na Vila do Ipu Grande.
Produtos como a mamona, oiticica, peles de ovinos e caprinos, castanhas de caju e outros produtos.
Advindos da serra e do sertão, por Ipu pertencer a estes dois climas diferentes e costumeiramente, costumamos dizer que o “clima é o espelho da vegetação”, comerciam e trazidos pelos seus próprios lombos às frutas, a farinha, o feijão, a rapadura e outros produtos de primeira necessidade.
Concluímos neste primeiro capitulo que desde os tempos mais longínquos de nossa civilização os transportes ainda hoje existem através dos braços e os pés do próprio homem; uma civilização que hoje muito raramente encontramos pessoas de nossa cidade viajando A PÉ para os diferentes recantos de nosso território Municipal.


Quase toda produção advinda da SERRA E DO SERTAO eram trazidas para o nosso Centro Comercial do Ipu, o nosso Mercado Publico, hoje denominado Mercado Francisco da Silva Mourão (Chico Mourão).

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