A VIAGEM
Um dia, um belo dia, nós não poderemos escapar e sem esperar, descemos
na próxima estação e o trem da vida continua a sua jornada sem fim. A
vida é de uma leveza tremenda mas ao mesmo tempo, resistente e
imprevisível. Já dizia minha mãe: quem não morre quando moço, de velho
não escapa. O problema é como morrer, onde morrer e quando morrer.
Vivemos muito e nada fazemos e às vezes só descobrimos que precisamos
fazer algo, quando já estamos no último degrau do trem da
vida. Qual o bom exemplo que estamos deixando para os nossos filhos? O
que podemos deixar de herança material para nossos descendentes?Que
legado fica para a sociedade? Qual a nossa contribuição em prol dos
inocentes e humildes? De que adianta alguma coisa, se a morte apaga tudo
e ter deixado algo de bom ou de ruim, de nada vai adiantar mais?A morte
é o fim de tudo e até o universo um dia, morrerá, sucumbirá sob a mais
hercúlea catástrofe e nós quando morremos, também encontramos o nosso
'big crash', pois tudo é relativo e o começo é o anúncio do fim. Por
que levar ódio, inveja, ressentimento, amor, perdão, ou sei lá o que
mais? A vida é um curto lapso que mal dá tempo respirar o ar puro que
ainda teima em existir, mas até quando? Adoro a natureza, o universo, a
vida e tudo que se move, mas tenho minhas restrições com o ser humano,
pois esse é um depósito de maldade e de ganância, que não hesita vender o
próximo por uma quinquilharia, só para coroar a sua sua maldade e seu
viver com a traição. Afinal: viver mesmo com que finalidade
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