DAMIÃO PESÃO figura das mais exóticas da nossa Ipu.
Damião era gêmeo com Cosmo.
Durante
toda sua vida no Ipu, foi perambular pelas ruas durante o dia e também à noite
sempre mendigando alguma coisa para sua sofrida subsistência.
Gostava
de tomar uma cachaça e cantar nas altas horas da noite.
Era
um homem alto de feições empalidecidas, moreno de andar lento e cabisbaixo.
Tocava
violão e sua voz nas caladas da noite era ouvida em toda cidade.
Dizem,
surrava sua mãe impiedosamente. Gostava de lugares lúgubres como o Cemitério e
outros recantos sombrios que se prestavam para práticas sexuais com o próprio
corpo.
Nas
suas andanças conduzia sempre uma cadela por nome “sereia”, que lhe acompanhava
como aquele verdadeiramente cão fiel, em todas as suas andanças.
Toda
vez que Damião era indagado por qualquer coisa respondia “somos
Nós”.
Certa
vez uma pessoa disse: Damião você é corno.
E não foi outra a resposta, - SOMOS NÓS, o indagado não gostou e mandou
dá-lo uma grande surra.
A
sua morte aconteceu quanto o mesmo estava tomando umas vacinas contra Raiva,
quando foi mordido por um Cão. Mesmo sabendo que deveria ficar de abstinência
alcoólica tomou a sua “cachacinha” e não deu outra, Damião passou mal e em
conseqüência veio falecer.
Ainda
foi levado em uma carroça para o Posto de Saúde já chegando à presença do
médico, morto. O médico que Atendeu o Damião foi o Dr. Ivanir de Araújo
Corrêa, renomado médico de nossa Ipu
quando era o Chefe da Unidade Sanitária de Ipu., a FSESP.
Hoje
o seu túmulo é por demais frequentado no Cemitério local, pois lá existe uma
parte reservada somente para ser colocado as peças que representam as curas
milagrosas alcançadas pela alma de Damião.
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