A Chapada da Ibiapaba está
localizada a 320 km de Fortaleza capital do estado do
Ceará, se estendendo aos
limites ocidentais do estado na fronteira que separa os estados do
Ceará do Piauí e possui uma
extensão de 110 km com altitudes que variam de 800 a 1.100 m.
A vegetação predominante é a
Caatinga, mas outros três tipos vegetacionais são encontrados
na região: a Floresta
Subperenifólia Tropical Plúvio-Nebular (Mata Úmida, Serrana), a
Floresta Subcaducifólia
Tropical Pluvial (Mata Seca) e o Carrasco – caatinga, cerrado e mata
seca (FIGUEIREDO, 1997).
No decorrer do mês de abril
de 2011 foi realizada uma excursão de campo para a
realização da coleta das
espécies vegetais, descritas na obra literária Iracema. A excursão de
coleta foi realizada em
fragmentos de matas e em áreas de cachoeira da Chapada de Ibiapaba
nos municípios de Ipu e
Ibiapina. Os nomes Ipu e Ibiapina vem do tupi. Ipu significa: ig –
água, e pu - queda; Ibiapina
terra pelada, através da junção dos termos yby - terra e apin -
rapado, pelado (NAVARRO,
2005).
O território do município de
Ipu se estende em 25% sobre a serra da Ibiapaba e 75%,
ao longo do rico vale do
riacho Ipuçaba - no sopé da serra, prolongando-se pelo sertão. Neste
local ficam os campos do Ipu, aonde teria nascido a índia
tabajara Iracema, célebre
personagem do romance de
José de Alencar. Também em Ipu destaca-se a Bica de Ipu,
formada por quedas das águas
que vem da serra, constando como cenário do romance - local
que Iracema tomava banho e
no qual encontrou Martim Soares Moreno, soldado português. Já
Ibiapina está localizada no
centro da Serra de Ibiapaba, cujo município é dividido em quatro
distritos: Ibiapina, Alto
Lindo, Betânia e Santo Antônio da Pindoba.
NAS TRILHAS DOS CAMPOS DOS TABAJARAS: BOTÂNICA E
A oiticica faz parte da
paisagem da respectiva Chapada, esta considerada pela nação
tabajara como um presente de
Tupã, local aonde nasceu Iracema, “[...] a morena virgem corria
o sertão e as matas do Ipu,
onde campeava sua guerreira tribo, da nação tabajara [...] banhavalhe o corpo a
sombra da oiticica” (ALENCAR, 1956, p.13)
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