24 de agosto (2010): Prédio da
Estação será reinaugurado
Mesmo com as obras de restauração do
prédio ainda não concluídas a Estação Ferroviária será reinaugurada no dia 24
de agosto, dentro da programação de comemorações pela passagem dos 170 anos de emancipação
política de Ipu. Na programação prevista para 19h00, ocorrerá o lançamento do
II Festival Literário Estação Ferroviária, além do lançamento de livros pela
Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes (Ailca).
A
Estação Ferroviária foi inaugurada em 10 de outubro de 1894 e representa um
marco no crescimento econômico da cidade nas primeiras décadas do século XX. Há
até pouco tempo estava abandonada e totalmente dilapidada.
A
Construtora Garra Construções iniciou as obras de Restauração da Estação
orçadas em R$ 744 mil, com participação dos governos municipal e estadual, com
um prazo de 180 dias para a conclusão da restauração. O período expirou e o
prédio, mesmo não restaurado totalmente, será reinaugurado.
SAIBA MAIS
O
prédio da Estação Ferroviária foi inaugurado em 10 de outubro de 1894, quando
circulou a primeira locomotiva pelos trilhos vinda de Camocim. Com sua
inauguração, passou a ser o prédio mais elegante e monumental das primeiras
décadas do século XX. Foi visto como um dos símbolos do “progresso” para parte
de sua população. O trem e o telégrafo que o acompanha tiraram a cidade de seu
“secular isolamento” em relação ao Brasil e o mundo.
A
Estação Ferrovia havia sido vendida, em 2002. Coube a Associação dos Filhos e
Amigos de Ipu, que tinha como presidente, Francisco de Assis Martins (o
professor Melo), organizar movimentos de conscientização e defesa daquele
patrimônio e a sua desapropriação e entrega ao setor público e, assim, sua
devolução ao povo ipuense.
Em
junho de 2006, por solicitação do Executivo, estiveram em Ipu os arquitetos
Romeu Duarte, da 4ª Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e Francisco Augusto Sales, procedendo à
vistoria técnica do nosso acervo patrimonial, cultural e natural. Atendendo às
recomendações dos agentes do IPHAN, a Prefeitura teria efetuado o tombamento
por meio dos decretos números 17, 18 e 19, de 28 de junho de 2006 da Casa de
Cultura, da Estação Ferroviária, da Igrejinha e da Bica do Ipu e de uma área de
200m para cada lado do Riacho Ipuçaba e de 500m “riacho abaixo, incluindo a
Casa de Pedra”.
Em
janeiro de 2007, segundo o Executivo municipal, na ocasião a prefeitura recebeu
um ofício do IPHAN (of. IPHAN/4ªSR/GAB/nº014/07) na qual a Direção Nacional daquela
instituição havia aprovado os projetos de Tombamento Federal para a Estação
Ferroviária, a Igrejinha e a Bica de Ipu.
Para
o efetivo tombamento da Estação Ferroviária era necessário que o executivo
municipal cedesse o prédio, por pelo menos dois anos, para o Governo do Estado.
Em outubro de 2007 o executivo enviou à Câmara Municipal o projeto de lei nº
62, de 10 de outubro de 2007 que autorizava o poder executivo a ceder ao
Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), por um prazo mínimo
de 2 anos, o imóvel da Estação Ferroviária de Ipu para a sua restauração e
instalação em suas dependências de uma Biblioteca Pública Municipal. Em sua
Sessão Ordinária de 9 de outubro de 2007, a Câmara Municipal aprovou, por
unanimidade, o referido projeto de lei.
Em
junho de 2008, estiveram em Ipu para dar continuidade ao processo de
restauração da Estação os técnicos do IPHAN e do Departamento de Edificações e
Rodovias – DER. O projeto arquitetônico já havia sido elaborado pelo
ex-superintendente do IPHAN no Estado do Ceará, Romeu Duarte, e apresentado aos
ipuenses na Sessão Itinerante da Assembleia Legislativa, realizada em Ipu, em
agosto de 2007.
No
entanto a partir da vistoria ao prédio da Estação, outros projetos
complementares passaram a ser elaborados: projetos hidráulico-sanitário,
elétrico e de estrutura metálica. O início da restauração só poderia ocorrer
quando todos os projetos tivessem sido concluídos.
Concluídos
os projetos e com dinheiro em caixa, as obras iniciaram. No entanto, os serviços
estão paralisados. A velha Estação e a população esperam pela conclusão do projeto.
(Prof. Francisco Mello)
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