sábado, 5 de setembro de 2015

HINO DO IPU
(Letra e Musica de Zezé do Vale)


Terra cheia de encantamento
E de eterna bondade,
Sempre no meu pensamento
No meu sonho de ansiedade
Quero cantar tua beleza
E o teu doce passado
Terra do meu coração
E do meu amor
És toda minha adoração

Terra do meu berço, ó meu poema.
Foste a preferida de Iracema
Que percorreu teus prados
De esmeralda em flor
Num lindo sonho de amor.

Tens o véu de noiva do Ipuçaba,
Num murmurejar que não se acaba
Terra querida, Ipu minha eterna saudade,
Quisera adormecer sorrindo
À luz do teu olhar
De prata e de amizade.

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Ipu é uma cidade encantada pela beleza de uma grande obra de José de Alencar, uma obra escrita não por pena e tinta, mas pelo amor e coração.
Sua bondade remonta a de nossos primitivos ancestrais, os Tabajaras, que por estas terras andavam em busca de lazer e alimento. Um povo que vivia em paz entre si e procurava receber da melhor maneira todos que viessem com a bandeira da paz em seus corações.
Ipu não é terra apenas dos ipuenses de berço, mas de todos que por aqui passaram, gostaram e como Iracema, escolheram esta terra como sua, pois não são poucas as almas forasteiras ilustres que muito deram a esta terra e dela muito receberam.
A Bica, seu símbolo maior, cai como noiva adornada e pronta para ser desposada: por isso é que cada um que por estas terras passem se colocam como amantes platônicos da terra, do povo, do mito, da história e de tuas belezas.
E debaixo desta lua, que cremos ser a mais bela de todo o sertão, dormimos, sonhamos e vivemos.
E este povo, não importa se de berço ou se escolha do coração, é o que nos faz consagrar esta amizade, transformando-a em casamento – de um lado a noiva, Ipu, adornada com o véu de sua bica e vestido de belas paisagens, deslumbrante em sua cultura, história e mito. Do outro lado o noivo – nós, irmãos e amigos, filhos de berço e de criação, unidos num único pensamento: No Ipu viver, no Ipu amar e no Ipu morrer.


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