sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Suflê de Fantasia
José Airton Pereira Soares

Temas: ARTE, DINHEIRO, GOETHE, SONHO
Será a realidade mais nutritiva? Suponhamos que sim,
mas quem resistirá a um pomposo suflê de fantasia? Ninguém,
sobretudo nós, poetas que vivemos a ciscar emoções e arrebatamentos
nos milhares de palavras plásticas e sonoras da nossa
querida língua.
E os que se tacham de não sonhadores, supra-realistas,
como passam, como vivem? Pra responder não encontrei pessoa
melhor: Goethe, o grande poeta alemão.
“Fiquei muito impressionado ao descobrir como é formado
o público de uma grande cidade, ele vive num tumulto
para fazer dinheiro e em atividades dispersivas e o que chamamos
emoção nem pode ser expresso e comunicado. Todos os
prazeres, até mesmo o teatro, devem apenas distrair. Parece-me
ter notado aversão pelas produções poéticas. A poesia demanda
meditação, isola o homem contra a sua vontade, ela
brota vez e outra e no vasto mundo para não dizer o grande,
ela é tão incômoda como uma amante infiel”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário