sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Iracema


Iracema, flor selvagem,
Esbelta morena imagem,
Vigia das noites claras,
Misto doce honra e lirismo,
Marco do primitivismo
Das Tribos Tabajaras.


Fostes, pois, virgem guerreira,
A mais bela brasileira
Das ocaras primitivas.
Teu nome doce e gentil
Cobrirá sempre o Brasil
Com o véu de lembranças vivas.


Onde teus pés deslizavam,
As fontes verdes catavam
Deslumbradores gorjeios,
E as pequenas falenas
Fugiam das açucenas
Pra dormitar nos teus seios.


Quando à noitinha saias,
As estrelinhas esquiam
Seguiam tuas andanças,
E o luar, cheio de amores,
Fazia rastros a cores
Nos cachos das tuas tranças

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