quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A Maçonaria é Antirreligiosa?
Francisco de Assis Martins
(Prof. Melo)

A Maçonaria faculta ao homem ser bom, leal, generoso, tolerante, feliz, fraterno e amigo.
Esta mesma Maçonaria conduz o homem a DEUS, não pelo temor ao castigo e nem pelo interesse de receber prêmio, mas sim pela crença.
A Maçonaria nunca manifestou a menor hostilidade a Fé Cristã e a Religião Católica, e para melhor prova ou esclarecimento basta, portanto uma verificação nos textos maçônicos oficiais e encontraremos sempre o cuidado de não atingir os fins do Catolicismo, e nem de nenhum Credo.
O Lema levado sempre a sério é a expressão de Cristo "não saiba a mão esquerda o que a direita está fazenda".
Ajudamos sempre alguém, mas fazemos no anonimato. Podemos dizer e afirmar que a Maçonaria fundamenta-se nos postulados de um princípio, sempre criador que declara a prevalência do espírito sobre a matéria.
Não admitimos nos nossos templos discussão sobre: política, religião, raças e etc.
Respeitamos sempre a opinião do próximo e sempre que podemos nos ajudamos mutuamente.
DEUS é a concepção de todos os maçons da TERRA, como ser supremo e como causa espiritual de todos nós.
A Maçonaria não é obra exclusiva de uma época, ela pertence a todas as épocas, pois encontra grandes verdades em todas elas.
Ostenta a verdade comum às religiões sempre se apoiando em dois sustentáculos: o amor a Deus e o amor ao Homem, Deus é para nós a fagulha divina e eterna.
A maçonaria é considerada por quem entende como a maior benfeitora da HUMANIDADE, onde há dor ela consola; onde há um órfão ela o ampara; onde há virtuoso, ela dele se apropria; onde há o bem, ela pratica.
Reunimos na Maçonaria varias outras constantes na sua filosofia, como: a virtude personificada cuida essencialmente de fazer o bem, dá a luz aos que querem melhor visão; guia seu povo para conquista da verdade que é Deus.
É uma universidade de sublimes ensinamentos e virtudes. Na criação da Igreja, que teve por base a moral sublime de JESUS CRISTO, a Maçonaria teve o poder de fundar a mais sã filosofia, crê em Deus e seguir todos os ensinamentos do EVANGELHO.
A caridade foi instituída por JESUS CRISTO, e a Maçonaria apoderaram-se dela; e dela fez sua MESTRA.
É falso, portanto, e até mesmo asneirosa inverdade, dizer-se que a Maçonaria é ANTIRRELIGIOSA.
É um recurso indigno para tentar incompatibilizar as Instituições, sobre tudo os Católicos.
Na Maçonaria cultuamos a verdade e pratica-se o bem, com absoluta certeza ela não é ANTIRRELIGIOSA e nem ANTICRISTÃ, pois o Cristianismo é à base da Maçonaria.
Nos seus princípios básicos nega filiação aos ATEUS e que todos os candidatos ao entrar para ela, ao preencher sua proposta, são obrigados a declarar qual a sua Religião.
Os Maçons reúnem-se pacificamente para aprimorarem-se moralmente, para aperfeiçoarem o seu espírito, para fortalecerem os laços fraternais entre todos seus semelhantes.
O Maçom ampara o próximo porque está certo de que assim cumpre um imperioso dever de solidariedade humana e, quando um desvalido da sorte, não busca saber se ele é desta ou daquela Religião.

À Sombra dos Templários.

Segundo as Sagradas Escrituras, a planta do Templo de Jerusalém foi revelada a Davi, que deu início à construção. Após a morte de Davi, seu filho Salomão terminou a obra do Templo, reunindo 40 mil obreiros, e dividindo-os em três categorias: aprendiz, companheiro e mestre.
O Templo foi construído por ordem divina para abrigar a Arca da Aliança, na qual se encontravam as duas tábuas de pedra com os Dez Mandamentos recebidos por Moisés, a vara de Aarão e um vaso cheio do maná que servira de alimento para o povo israelita no deserto. Antes de ser levada para o Templo, os hebreus costumavam carregá-la em suas expedições militares, tendo a arca acompanhamento o trajeto errante de seu povo.
A construção que Salomão edificou para abrigá-la é um modelo de simbolismo geométrico, com medidas, colunas e detalhes de decorações rigorosamente seguidos de acordo com o plano revelado a Davi. O rigor permaneceu através dos tempos e nos manuscritos referentes às corporações medievais o Templo de Salomão é sempre citado como modelo. Assim também para os recintos onde se realizam os rituais maçônicos.
Desta forma, um mito pertencente à tradição judaica serve de referência até os dias de hoje para uma instituição ecumênica. Muitos acreditam que esta e tantas outras características da Maçonaria se devem à influência da Cavalaria, ordem iniciática surgida por volta do ano 1.100 d.C que se estruturou a partir das Cruzadas para tomar Jerusalém dos Muçulmanos.
No início do século XII surge a instituição que iria representar com mais profundidade o espírito Cavalheiresco: a Ordem do Templo, criada pelos franceses Hugues de Payns e Geoffroi de Saint-Omer. Com o passar do tempo, a Ordem tornou-se rica e extremamente poderosa, acendendo a inveja e o temor do rei Felipe o Belo, que em 1314 ordenou a execução na fogueira de Jaques DeMolay, último Grão-Mestre da o Templo, acusando-o de conspirador e traidor.
Fugindo à perseguição do Estado, muitos Cavaleiros se refugiam em vários países, entre eles Portugal, sob a proteção do rei Dom Diniz. Na clandestinidade, continuaram transmitindo os princípios templários, que posteriormente viriam a estruturar a Maçonaria.    
                

Pedreiros-Livres.


Para a construção das grandes catedrais góticas, como a Notre Dame de Paris, era necessário o conhecimento de princípios esotéricos que deveriam ser aplicados arquitetonicamente. Para tal, na Idade Média, formaram-se na Europa as corporações de ofício, congregando pedreiros, artífices construtores que, como no Templo de Salomão dividiam-se em três graus: aprendiz, companheiro e mestre. Naquela época, a arte de construir era muito valorizada e os trabalhadores se reuniam em corporações com o objetivo de aprender e trabalhar tendo como base a solidariedade.
Foi neste período que o movimento sofreu influência dos Cavaleiros Rosa-cruz, o que determinaria uma série de mudanças em sua estrutura; o termo Maçonaria (do francês maçonnerei para o ofício de pedreiro) passou a ser empregado para denominar a antiga arte da construção, e se até então o movimento só congregava artífices vários, começou a receber nobres, príncipes e intelectuais, passando de Maçonaria operativa para especulativa. Foi exatamente aí que o movimento se tornaria um dos mais poderosos e atuantes da História, com participação nos principais acontecimentos dos últimos três séculos.
Os novos integrantes foram batizados de pedreiros-livres (em francês, francos-maçons), aqueles livres-pensadores que deveriam juntar-se aos pedreiros de ofício para construir as grandes catedrais do interior humano, dando base filosófica e doutrinária à instituição. A Maçonaria ganhara uma função política. Seus membros são de origem, livres-pensadores em relação às crenças religiosas formais, tendo o termo Franco-Maçonaria caído em desuso, com o tempo, em muitos países.
Desde então, na França e na Inglaterra, as cooperações passaram a se organizar em Lojas Maçônicas, com o fazem até hoje. A loja, neste caso, não é um prédio, mas sim o próprio ritual maçônico, onde ele acontecer seja no templo, na taberna ou no bosque: onde estiverem vários maçons reunidos, ao se abrir o Esquadro e o Compasso sobre o Livro da Lei, estão formados gregora que constitui uma Loja maçônica. O livro da lei deverá ser aquele que representa o credo da maioria dos membros presentes: o Torah, a Bíblia, o Corão ou Alcorão e etc. Fisicamente, a Loja se instala em prédio adequado.


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