A Maçonaria é Antirreligiosa?
Francisco de Assis
Martins
(Prof. Melo)
A Maçonaria
faculta ao homem ser bom, leal, generoso, tolerante, feliz, fraterno e amigo.
Esta mesma
Maçonaria conduz o homem a DEUS, não pelo temor ao castigo e nem pelo interesse
de receber prêmio, mas sim pela crença.
A Maçonaria nunca
manifestou a menor hostilidade a Fé Cristã e a Religião Católica, e para melhor
prova ou esclarecimento basta, portanto uma verificação nos textos maçônicos
oficiais e encontraremos sempre o cuidado de não atingir os fins do
Catolicismo, e nem de nenhum Credo.
O Lema levado
sempre a sério é a expressão de Cristo "não saiba a mão esquerda o que a
direita está fazenda".
Ajudamos sempre
alguém, mas fazemos no anonimato. Podemos dizer e afirmar que a Maçonaria
fundamenta-se nos postulados de um princípio, sempre criador que declara a
prevalência do espírito sobre a matéria.
Não admitimos nos
nossos templos discussão sobre: política, religião, raças e etc.
Respeitamos sempre
a opinião do próximo e sempre que podemos nos ajudamos mutuamente.
DEUS é a concepção
de todos os maçons da TERRA, como ser supremo e como causa espiritual de todos
nós.
A Maçonaria não é
obra exclusiva de uma época, ela pertence a todas as épocas, pois encontra
grandes verdades em todas elas.
Ostenta a verdade
comum às religiões sempre se apoiando em dois sustentáculos: o amor a Deus e o
amor ao Homem, Deus é para nós a fagulha divina e eterna.
A maçonaria é
considerada por quem entende como a maior benfeitora da HUMANIDADE, onde há dor
ela consola; onde há um órfão ela o ampara; onde há virtuoso, ela dele se
apropria; onde há o bem, ela pratica.
Reunimos na
Maçonaria varias outras constantes na sua filosofia, como: a virtude
personificada cuida essencialmente de fazer o bem, dá a luz aos que querem
melhor visão; guia seu povo para conquista da verdade que é Deus.
É uma
universidade de sublimes ensinamentos e virtudes. Na criação da Igreja, que
teve por base a moral sublime de JESUS CRISTO, a Maçonaria teve o poder de
fundar a mais sã filosofia, crê em Deus e seguir todos os ensinamentos do
EVANGELHO.
A caridade foi
instituída por JESUS CRISTO, e a Maçonaria apoderaram-se dela; e dela fez sua
MESTRA.
É falso, portanto,
e até mesmo asneirosa inverdade, dizer-se que a Maçonaria é ANTIRRELIGIOSA.
É um recurso
indigno para tentar incompatibilizar as Instituições, sobre tudo os Católicos.
Na Maçonaria
cultuamos a verdade e pratica-se o bem, com absoluta certeza ela não é ANTIRRELIGIOSA
e nem ANTICRISTÃ, pois o Cristianismo é à base da Maçonaria.
Nos seus
princípios básicos nega filiação aos ATEUS e que todos os candidatos ao entrar
para ela, ao preencher sua proposta, são obrigados a declarar qual a sua
Religião.
Os Maçons
reúnem-se pacificamente para aprimorarem-se moralmente, para aperfeiçoarem o
seu espírito, para fortalecerem os laços fraternais entre todos seus
semelhantes.
O Maçom ampara o próximo porque está certo de
que assim cumpre um imperioso dever de solidariedade humana e, quando um
desvalido da sorte, não busca saber se ele é desta ou daquela Religião.
À Sombra dos Templários.
Segundo as
Sagradas Escrituras, a planta do Templo de Jerusalém foi revelada a Davi, que
deu início à construção. Após a morte de Davi, seu filho Salomão terminou a
obra do Templo, reunindo 40 mil obreiros, e dividindo-os em três categorias:
aprendiz, companheiro e mestre.
O Templo foi
construído por ordem divina para abrigar a Arca da Aliança, na qual se
encontravam as duas tábuas de pedra com os Dez Mandamentos recebidos por
Moisés, a vara de Aarão e um vaso cheio do maná que servira de alimento para o
povo israelita no deserto. Antes de ser levada para o Templo, os hebreus
costumavam carregá-la em suas expedições militares, tendo a arca acompanhamento
o trajeto errante de seu povo.
A construção que
Salomão edificou para abrigá-la é um modelo de simbolismo geométrico, com
medidas, colunas e detalhes de decorações rigorosamente seguidos de acordo com
o plano revelado a Davi. O rigor permaneceu através dos tempos e nos
manuscritos referentes às corporações medievais o Templo de Salomão é sempre
citado como modelo. Assim também para os recintos onde se realizam os rituais
maçônicos.
Desta forma, um
mito pertencente à tradição judaica serve de referência até os dias de hoje
para uma instituição ecumênica. Muitos acreditam que esta e tantas outras
características da Maçonaria se devem à influência da Cavalaria, ordem
iniciática surgida por volta do ano 1.100 d.C que se estruturou a partir das
Cruzadas para tomar Jerusalém dos Muçulmanos.
No início do
século XII surge a instituição que iria representar com mais profundidade o
espírito Cavalheiresco: a Ordem do Templo, criada pelos franceses Hugues de
Payns e Geoffroi de Saint-Omer. Com o passar do tempo, a Ordem tornou-se rica e
extremamente poderosa, acendendo a inveja e o temor do rei Felipe o Belo, que
em 1314 ordenou a execução na fogueira de Jaques DeMolay, último Grão-Mestre da
o Templo, acusando-o de conspirador e traidor.
Fugindo à
perseguição do Estado, muitos Cavaleiros se refugiam em vários países, entre eles
Portugal, sob a proteção do rei Dom Diniz. Na clandestinidade, continuaram
transmitindo os princípios templários, que posteriormente viriam a estruturar a
Maçonaria.
Pedreiros-Livres.
Para a construção
das grandes catedrais góticas, como a Notre Dame de Paris, era necessário o
conhecimento de princípios esotéricos que deveriam ser aplicados
arquitetonicamente. Para tal, na Idade Média, formaram-se na Europa as
corporações de ofício, congregando pedreiros, artífices construtores que, como
no Templo de Salomão dividiam-se em três graus: aprendiz, companheiro e mestre.
Naquela época, a arte de construir era muito valorizada e os trabalhadores se
reuniam em corporações com o objetivo de aprender e trabalhar tendo como base a
solidariedade.
Foi neste
período que o movimento sofreu influência dos Cavaleiros Rosa-cruz, o que
determinaria uma série de mudanças em sua estrutura; o termo Maçonaria (do
francês maçonnerei para o ofício de pedreiro) passou a ser empregado para
denominar a antiga arte da construção, e se até então o movimento só congregava
artífices vários, começou a receber nobres, príncipes e intelectuais, passando
de Maçonaria operativa para especulativa. Foi exatamente aí que o movimento se
tornaria um dos mais poderosos e atuantes da História, com participação nos
principais acontecimentos dos últimos três séculos.
Os novos
integrantes foram batizados de pedreiros-livres (em francês, francos-maçons),
aqueles livres-pensadores que deveriam juntar-se aos pedreiros de ofício para
construir as grandes catedrais do interior humano, dando base filosófica e
doutrinária à instituição. A Maçonaria ganhara uma função política. Seus
membros são de origem, livres-pensadores em relação às crenças religiosas
formais, tendo o termo Franco-Maçonaria caído em desuso, com o tempo, em muitos
países.
Desde então, na França e na Inglaterra, as
cooperações passaram a se organizar em Lojas Maçônicas, com o fazem até hoje. A
loja, neste caso, não é um prédio, mas sim o próprio ritual maçônico, onde ele
acontecer seja no templo, na taberna ou no bosque: onde estiverem vários maçons
reunidos, ao se abrir o Esquadro e o Compasso sobre o Livro da Lei, estão formados
gregora que constitui uma Loja maçônica. O livro da lei deverá ser aquele que
representa o credo da maioria dos membros presentes: o Torah, a Bíblia, o Corão
ou Alcorão e etc. Fisicamente, a Loja se instala em prédio adequado.
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