A Estrada de Ferro e as Famílias Povoadoras
No alvorecer do século XX, a fazenda Curtume já era uma povoação
bem desenvolvida. Prova disso é que em 1902 passou a distrito, pertencente ao
município de Ipueiras, época em que oficialmente adotou o nome de Nova Russas,
sugerido pelo Padre Joaquim Ferreira de Castro.
Em novembro de 1910 foi inaugurada a Estação da Estrada de Ferro
de Sobral, caminho civilizador dos sertões e criador de vilas. Obra planejada e
iniciada por Dom Pedro II, na seca de 1878, que tinha o objetivo de socorrer no
norte da Província os humildes camponeses torturados pela terrível seca. E a
meta era ligar o Porto de Camocim ao interior para facilitar o escoamento e o
comércio da produção agrícola da época, como: algodão, peles de animais
domésticos e silvestres, oiticica, mamona, cera de carnaúba, milho, feijão,
etc.
A Estrada de Ferro foi marcante para impulsionar o progresso da
vila, pois apenas doze anos depois, alcançou a municipalidade em 11/11/1922.
Devemos isso, aos esforços de seus dedicados filhos e de muitos imigrantes de
valor, que vieram das cidades vizinhas e que adotaram este torrão como sua
terra.
Atraídos pelo novo caminho, pelas terras, grandes produtoras de
algodão e sobre tudo pela hospitalidade de seu povo, Nova Russas continuou a
receber famílias de todas as cidades deste imenso sertão entre a Serra da
Ibiapaba e a Serra das Matas.
Além das famílias que colonizaram a região como os Martins, os
Araujo, os Carvalho, os Ferreira Chaves, os Veras, os Farias, os Pereira de Sousa,
os Pereira Reis, os Pedrosa, os Timbó, os Mendes, Gonçalves Rosa, os
Evangelista, os Madureira, os Gomes, etc., muitas outras famílias aqui estabeleceram-se
e contribuíram bastante para o progresso da cidade como: os Mourão, os Ferro,
os Lima, os Moura, os Peres, os Azevedo, os Abreu, os Brandão, os Martins
Leitão, os Diogo, os Tavares, os Soares, os Lopes, os Matos, os Camelos, os
Santana, os Meruoca, os Felipes, os Matias, os Sabino, os Oliveira, os Felício,
os Lira, os Bandeira, os Ribeiro, os Melos, os Alves, os Nunes, os Pinto
Magalhães, os Mesquita, os Paulino, os Sampaio, os Paula, os Dias, os Torres
Aragão, os Barroso de Aragão, os Melo de Aragão, os Bezerra do Vale, Bezerra de
Andrade, os Bezerra de Paiva, os Bezerra, os Paiva de Castro, os Almeida, os
Negreiros, os Vale, os Pinhos, os Macedos, os Freires, os Pires, os Vieira, os
Castro, os Santos, os Correia, os Amorim, os Braga, os Brito, os Miranda, os
Mendonça, os Mota, os Pontes, os Salgueiro, os Scarcela, os Torquato, os
Fortuna, os Lima de Sousa, os Penha, os Jorge Leitão, os Soares Leitão, os
Maia, os Sabino Mendes, os Carlos, os Vitorino, os Magalhães, os Fernandes,
etc. Essas famílias cruzaram-se profundamente formando uma gigantesca que
habita esta ribeira e espalharam-se por todo o território brasileiro.
Fonte: Revista ADESN 2000, pesquisa e texto: José Nilton Aragão
e Melo, Maria de Guadalupe Timbó, Antônio Demétrio Aragão e Melo.
(História de Nova Russas).
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