sexta-feira, 19 de junho de 2015

Poetas Ipuenses são contemplados em Antologia Poética, Prêmio Poesia Livre – 2015


Professor, memorialista e escritor Francisco Melo

Em Concurso orientado por edital público no período de 01 de fevereiro a 05 de março de 2015; um total de 8.212 poetas enviaram suas melhores poesias inéditas, que nunca foram publicadas em livros, para concorrer ao Prêmio Poesia Livre 2015.
O tema foi livre, assim como o gênero lírico escolhido. O evento teve patrocínio da EBC- Empresa Brasil de Comunicação do Rio de Janeiro (UFR), TV Brasil e a Editora Nacional Vivara.
O Concurso Literário é uma importante iniciativa de produção e distribuição cultural, alcançando autores de todo o Brasil. Nós, ipuenses, estamos de parabéns pelo brilho de nossos literatos: Prof. Francisco Mello, Paulo Rogério Aires Martins e Francisca Ferreira, que foram selecionados e tiveram suas poesias publicadas no livro Poesia Livres – 2015.
Queremos destacar a obra literária do Prof. Francisco Mello- Ode ao Cruzeiro, que está na galeria de Menção Honrosa aos participantes expoentes, indicada na 6ª colocação.

A cultura ipuense enaltece a originalidade e linguagem poética dos filhos da terra contemplados; pois através da poesia conseguimos nos emocionar perante o belo.

Portanto, o Governo Municipal de Ipu, prefeito Sérgio Rufino; através da Secretaria Municipal de Cultura, secretária municipal Sônia Pontes, felicita os ipuenses: Professor Francisco Mello, Francisca Ferreira e Paulo Rogério Aires, por contribuir com o desenvolvimento da Cultura Literária de nosso município.

Poesias Selecionadas:



                                                   ODE AO CRUZEIRO
                                    
             Cruzeiro Velho, testemunho amigo,
             Falei contigo quantas vezes dela
            Mas te guardastes desde meu segredo
            Talvez com medo de comprometê-la.

           Agora chega de calar-te, e fala
          Que foi de amá-la que estraguei a vida
          Cruzeiro velho, quantas noites vinha
          Contar-te a minha solidão sofrida.

           Mornos domingos de fagueiros papos,
           De cujos trapos vou-me consumindo!
           Cruzeiro velho, é melhor calar-te:
          Calar faz parte desse tempo lindo.

          Guarda os tesouros de tudo que viste,
          De alegre e triste que esta vida é assim.
          Não contes nada, meu cruzeiro velho,
          Borra o espelho do que vês em mim.
    
             Prof. Melo Ipu/CE 
                     


Professora e escritora: Francisca Ferreira

                       MÃOS
                      
            Então estão,
            estas mãos,
            Pequeninas mãos,
           quietas estendidas.
           Então estão.
           De todas as cores,
           pequenas, ainda mais pequenas,
           tão pequenas.
          Tão pequenas...
           estendidas.
           Aqui, ali, vejam:
           Tão pequenas,
           Tão inocentes,
           e já estão,
           pelo chão,
           Estendidas,
          Simplesmente no chão,
          estendidas.
          Nas ruas, nas esquinas,
          Nos lugares obscuros,
          Nos lugares tranqüilos,
         Então estão
         As mãos.

   Francisca Ferreira Ipu/CE


Músico e poeta Paulo Rogério Aires Martins

                    NOVO CENÁRIO

           Sair de mim mesmo
           Exilar-me em seus braços
           E jamais evadir
           Apenas invadir os seus sonhos
           A sua casa
           A sua sala e o quarto
           O porta-retrato
           O armário
           O lençol e a sua escova de dente
           Então assim vou rir do pássaro
           Amar o presente
           Dança seu bolero
           Descobrir seu desejo
           Fazer meu apelo
          Sentir o seu gosto
          Abrir a janela
          Mostrar o luar
          Em um novo cenário
          Preparado para amar.
     Paulo Rogério Aires MartinsMossoró/ RN





Nenhum comentário:

Postar um comentário