História
De início, a
entidade abrangia apenas três seções: Ciências Matemáticas, Ciências Físico-Químicas
e Ciências Biológicas. Seu principal objetivo
era estimular a continuidade do trabalho científico dos seus membros, o
desenvolvimento da pesquisa brasileira e a
difusão da importância da ciência como fator fundamental do desenvolvimento
tecnológico do país.
Henrique Charles
Morize foi seu primeiro presidente, à frente da diretoria provisória (1916/1917),
sendo reconduzido a essa posição por três mandatos sucessivos.
A partir de 1928,
Arthur Alexandre
Moses, acadêmico participante das diretorias em dez gestões como
presidente, passou a desempenhar papel primordial na Academia. Moses reativou a
publicação dos Anais
da Academia Brasileira de Ciências e, após vários empreendimentos
bem sucedidos, conseguiu em 1959 recursos governamentais
para a compra de um andar inteiro de um prédio, moderno para a época, onde até
hoje está instalada a sede da Academia.
Nos anos 60, o presidente da
República autorizou a doação de um número significativo de bônus do Tesouro Nacional, resgatáveis em vinte anos, através
da influência de Carlos Chagas Filho,
que sucedeu Moses na Presidência da Academia. Estes recursos, correspondentes a
um milhão de dólares, cuja aplicação não estava submetida a nenhuma
determinação específica, fortaleceu consideravelmente o potencial da Academia.
Do final da década
de 60 até o início da década de 80, a Academia foi liderada por dois renomados
cientistas: Aristides Pacheco Leão e Maurício Matos Peixoto, presidentes por 7
e 5 mandatos consecutivos, respectivamente.
A Academia tem
desempenhado papel relevante em várias atividades ligadas à ciência no Brasil,
como por exemplo, liderando e influenciando na criação de diversas
instituições, viabilizando publicações científicas, desenvolvendo programas e
eventos científicos, estabelecendo convênios internacionais, e disponibilizando
recursos para a sociedade acadêmica.
Durante a década de
70, a Academia recebeu substancial apoio financeiro do Governo Federal,
especialmente através da Financiadora
de Estudos e Projetos (FINEP). Esse apoio possibilitou a expansão de
suas atividades, com a participação em importantes programas nacionais e
internacionais.
Após um substancial
declínio na década de 80, a presente década, liderada pelos Presidentes Oscar Sala e Eduardo Moacyr
Krieger (esse último ocupou o cargo de 1993 a 2007), marca o retorno
do apoio financeiro do governo, o que tem possibilitado a organização de vários
novos programas e uma maior interação com a comunidade científica
internacional.
Atualmente a
Academia reúne seus membros em dez áreas especializadas: Ciências Matemáticas, Ciências Físicas, Ciências Químicas, Ciências da Terra, Ciências
Biológicas, Ciências Biomédicas, Ciências da Saúde,
Ciências Agrárias, Ciências da Engenharia e Ciências Humanas.
Em 2009, Jacob Palis, atual presidente, criou as
Vice-Presidencias regionais, em um total de seis: Sul, São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais e Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Espírito Santo.
Presidentes da academia
- Henrique Morize (1916–1926)
- Juliano Moreira (1926–1929)
- Miguel Osório
de Almeida (1929–1931)
- Eusébio
Paulo de Oliveira (1931–1933)
- Arthur
Alexandre Moses (1933–1935/1941–1943/1947–1949/1951–1965)
- Álvaro
Alberto da Mota e Silva (1935–1937/1949–1951)
- Adalberto Menezes de Oliveira (1937–1939)
- Inácio
Manuel Azevedo do Amaral (1939–1941)
- Cândido
Firmino de Melo Leitão (1943–1945)
- Mario
Paulo de Brito (1945–1947)
- Carlos Chagas
Filho (1965–1967)
- Aristides
Azevedo Pacheco Leão (1967–1981)
- Maurício Matos
Peixoto (1981–1991)
- Oscar Sala (1991–1993)
- Eduardo Moacyr
Krieger (1993–2007)
- Jacob Palis Jr. (2007–2013)
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