sábado, 16 de maio de 2015

O POEMA QUE O SÉRGIO NUNCA VIU:
Sérgio,
você me lembra
madrugada, boemia
samba, cuíca e pandeiro
mulata em noite de orgia...
Hoje – você me lembra
um namoro na cancela
um violão, um luar
“e uma rosa na janela”.
Sérgio você é um boêmio
vê poesia pela rua
sente poesia na alma
e faz poesia tão sua...
Eu adoro a sua alma
tão simples,
tão popular,
você lembra a minha roça
da latada e chão batido
você lembra
uma jangada
num mar sereno e esquecido...
Você é sombra de morro,
é asfalto,
é estrada,
é candango e não é prosa,
é cochilo em colo morno
de cabrocha bem dengosa...
Sérgio – você é folclore
é cheio de bossas mil,
você é povo
é plebe
é raça verde amarela
Sérgio – você é Brasil.

                                   Jornal Notícias Culturais Coluna Poesia e Ficções – de José Alcides Pinto.
                                                                                              Fortaleza – Ce., 12 de março de 1992.
IPU – TERRA LENDÁRIA
I
Ipu é terra lendária
Povo valente e guerreiro
Louvamos São Sebastião
Nosso amado Padroeiro
Na torre da nossa Igreja
Tem o Cristo–Rei verdadeiro.

II
Herdamos não sei de quem
um defeito ou uma paixão
Tem assunto pra 100 anos
E tudo acaba em confusão
Começa por qualquer coisa
E lá se vai uma questão.

III
A polêmica vai depressa
Pros meios de comunicação
As rádios tomam partido
Cada qual quer ter razão
Uma fala e a outra responde
Para a glória do povão.

IV
Esta agora extrapolou
E queriam ganhar no grito
Faltou água na cidade
Que vem do açude BONITO
Com esta falta de chuva
Só apelando pro infinito.


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