domingo, 10 de maio de 2015

O DIA DAS MÃES
Data 09/05/2009 17:00:00 | Tropico: Cotidiano
Um pouco de sua história- Historicamente, é uma comemoração antiga, quase mitológica. Como nossa mitologia ocidental tem origem na Grécia, foi lá que já se festejava, entre mil outras celebrações, a chegada da primavera, em que era homenageada a figura da mãe Rhea, da qual teriam nascido todos os deuses. Na Grécia, quase todos os dias eram festivos (dias fastos) e o seu calendário era muito mais marcado de vermelho do que o atual calendário dos políticos brasileiros...
Modernamente, é uma comemoração recente, originada de um fato simples, que tomou dimensões universais. Uma jovem americana chamada Anna Jarvis, que viveu em princípios do século passado, perdeu sua mãe e caiu em profunda depressão. Pessoas amigas, preocupadas com o seu sofrimento, idealizaram fazer uma festa em memória da mãe de Anna. Anna passou a trabalhar no sentido de estender a comemoração a todas as outras mães, vivas ou mortas. A festa se alastrou por todos os Estados Unidos até que, em 1914, o presidente daquele país oficializou a data de 9 de maio para homenagear as mães.

No Brasil, a primeira comemoração ocorreu em 1918, no Rio Grande do Sul. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas oficializou a data e, em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal do Rio de Janeiro, (e o primeiro bispo de Mossoró), determinou que a data integrasse o calendário litúrgico.
O dia das mães é celebrado em muitos países do mundo em datas diferentes, mas predominantemente no mês de maio. No Brasil, como na maioria das nações ocidentais, foi escolhido o segundo domingo de maio para festejar a data.

Um pouco de sua poesia - O sentido maior que se pode atribuir a esta veneração, quase universal, repousa, a nosso ver, na importância do papel das mães na construção dos homens e do mundo. Veja-se que, na Grécia pagã, como se disse acima, já se festejava a deusa-mãe, como fonte de vida. Veja-se depois, na civilização cristã, a importância que assume a mãe, na pessoa de Maria, não mais como deusa-mãe, mas como Mãe de Deus. Aí está a resposta a todas as dúvidas que foram criadas pela mente humana a respeito da dignidade e importância de Maria no conceito cristão, daquela que foi escolhida para ser mãe do Filho de Deus.
E como fica bonito dizer com os versos do poeta:

“Ó mães, da mãe de Deus vós despertais lembranças,
Nesta augusta missão tão cheia de poesia!
Quando embalais no berço as tímidas crianças,
Eu penso ver Jesus nos braços de Maria”

“Ó mães, de minha mãe vós me trazeis lembranças.
Encheis-me de saudade. Eu amo-vos por isto.
Quando apertais ao seio as doces crianças,
Eu sonho ver Maria acalentando Cristo!”

E por aí vai, um rosário imenso, infinito, cantado em tons suaves, ao doce nome de mãe.

“Doce nome é o de mãe/ Nome sagrado por Deus./ Feliz daquele que pode/ Gozar os carinhos seus...
”Quem não se lembra da antiga canção?

E Casemiro de Abreu, o poeta menino, que chorava no exílio distante, em Portugal, dizendo baixinho:

“Este mundo não vale um só dos beijos/ Tão doces de uma mãe...”

Tenho que parar aqui. Todos os que ainda têm sua mãe, tratem de zelar, venerar, amar, guardá-la como o tesouro mais precioso deste mundo. Eu não tenho mais aqui a minha querida mãe. Mas ela acompanha cada passo de minha caminhada. Quando, em certas horas, não vejo ninguém em meu redor, eis que ela está ali, pertinho, olhando para mim.
Foi por isto que disse o último grande poeta, Carlos Drummond de Andrade:

“Mãe não morre nunca! / Mãe viverá sempre junto de seu filho
E ele, velho embora, será pequenino como um grão de milho”.





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