quarta-feira, 27 de maio de 2015

Filhos e filhas,

“Maria é a escada celeste pela qual Deus desceu a terra e os homens sobem a Deus” (São Fulgêncio).
Deus encarnado fez Sua primeira moradia no ventre de uma mulher, Maria, que aceitando o convite da graça e dizendo o “Sim”, tornou-se o modelo de quem faz a vontade do Pai.
Os Evangelhos deixam claro o papel de Maria na obra da salvação: Deus visita a humanidade e se faz criança; para isso, Maria constitui-se na nova arca da aliança. O útero de Maria, por sua vez, torna-se o primeiro tabernáculo. A obra da redenção teve início no útero de Maria.
O próprio Catecismo da Igreja Católica atesta o papel de Maria na obra da salvação: “De modo inteiramente singular, pela obediência, fé, esperança e ardente caridade, ela cooperou na obra do Salvador para a restauração da vida sobrenatural das almas. Por esse motivo Maria se tornou para nós Mãe na ordem da graça. Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura sem interrupção (...). De fato, depois de elevada ao céu, não abandonou esta missão salvadora, mas, com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna” (CIC 968 – 969).
Nossa Senhora, nas suas mais variadas invocações, é uma expressão do Amor de Deus, na sua maternidade, na sua intercessão. E, como bem disse Santo Tomaz de Aquino, “A Bem-aventurada Virgem Maria é o modelo e o exemplo de todas as virtudes”.
A exemplo de Maria no Calvário, muitas mulheres se identificam com ela no sofrimento de perderem seus filhos e nela encontram o conforto, o consolo e a força de superar; e pela fé acreditar que com Cristo e em Cristo podemos tirar e esperar algo bom das grandes tribulações, como Maria esperou a madrugada da ressurreição, como da Cruz brotou nossa salvação. 
Maria continuou com sua missão junto aos apóstolos: “Ao final desta missão do Espírito, Maria torna-se a ‘Mulher’, nova Eva, ‘mãe dos viventes’, Mãe do ‘Cristo total’. É nesta qualidade que ela está presente com os Doze, ‘com um só coração, assíduos à oração’ (At 1,14), na aurora dos ‘últimos tempos’ que o Espírito vai inaugurar na manhã de Pentecostes, com a manifestação da Igreja”. (CIC 726)
Ela é a Mãe da Igreja, a mãe que intercede por nós junto a Jesus. Como nas Bodas de Caná, ela continua a ver nossas necessidades e leva-las ao Filho, ao mesmo tempo continua sempre a nos dizer: “Façam tudo o que meu Filho vos disser”. (cf. Jo 2,5)
Por tudo isso, filhos e filhas, tenhamos sempre a Virgem Maria em nossos corações, como nossa Mãe e também exemplo e modelo de virtudes. Amém. 
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

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