Trilha
da Escada de Pedra.
Outra trilha que a
Secretaria do Meio Ambiente se propõe a fazer é a da famosa Escada de Pedra,
destacada pelo íngreme percurso até chagar a Várzea do Jiló.
Terá
inicio logo após o Balneário, e a sua extensão é de aproximadamente de 01 km.
No
trajeto da Trilha ora descrita encontramos a Pedra do Descanso, uma local que
paramos para a devida pausa e contemplação do alto das serranias a nossa
encantadora cidade.
Em
seguida cumprimos mais uma pequena jornada e chegamos ao Poço do Guerreiro onde
suas límpidas águas escoam formando a decantada Cachoeira do Urubu onde hoje é
a AABB da Serra.
Ainda
sobre a escada de Pedra, e no que diz respeito à fabulação, que nas
proximidades da cidade de Ipu, ao sopé da Serra Grande e denominada em suas
faldas, deságuam as águas do Riacho Ipuçaba, que formam a nossa conhecidíssima
"Bica do Ipu". Reza a tradição lendária que, certa feita, um jovem
par, casado às escondidas da família, descia a famosa escada de pedra que liga
o vale ao alto das serranias. E numa fração de segundo, o jovem é lançado
despenhadeiro abaixo anos depois, era sempre observada à tardinha a reprodução
da tragédia Haviam casado na manhã do trágico dia e afirmavam as más línguas
que fora a noiva que empurrara o jovem sertanejo.
Por
esta Trilha que foi por muito tempo ou até mesmo hoje conhecida como A Escada
de Padras, muitos feirantes por lá desceram com os seus pequenos produtos para
a negociação no comercio do Ipu. A Feira de Sábado.
O
Transporte por Animais.
Contou-me o meu Pai Joao
Anastácio Martins, que vindo da Várzea dos Espinhos, localidade do Município de
Guaraciaba do Norte, e que chegou ao Ipu, com um comboio de animais trazendo
nas suas malas de couro produtos diversos que comerciava em quase toda Zona
Norte do Estado do Ceará.
Eram transportados tais
produtos em lombos de animais adestradamente preparados para tal. Em aqui chegando
encontrou um abrigo de finitivo para a comercialização dos seus produtos, era o
ano de 1914. Aqui se instalou numa casinha na Rua da Goela e passou a comerciar
em nossas cidades os seus produtos.
Vemos aí que os animais
tiveram uma verdadeira e pronta importância para locomoção de nossos produtos,
que eram oferecidos no comercio local.
E assim amigos leitores
estamos procurando deixar para os nossos pósteros, uma história contada com
veracidade e muito amor daqueles amam a sua terra.
Ipu traz na sua atmosfera
benfazeja o cheiro agridoce da saudade dos que aqui viveram e aos que ainda
vivem.
Vamos dar continuidade às
nossas pesquisas no tocante a vida histórica do Ipu, suas belezas e seus vultos
que formaram e deixaram um legado para uso e fruto de todos nós.
Pretendemos relatar nas páginas
que se seguem uma história de vida de um ou mais outros que dedicam o seu amor,
a sua Ipu, Os carinhos e o ardor perene de uma saudade de tudo que fomos e que
continuaremos amando este pedaço de chão onde percorreu a Índia Selvagem
chamada Iracema.
Lembramos nesta parte os
transportadores de mercadoria outros produtos no Ipu. Na Estação Ferroviária
existia os chapeados, ou melhor, os carreteiros. As suas especialidades eram
carregar nos ombros as malas, maletas dos viandantes que deviriam embarcar no
trem, por outro lado faziam a mesma coisa para aqueles que desembarcavam na
nossa Ipu.
Além deles existiam os
transportes feitos com tração animal. No Ipu ainda hoje predomina em pequena
escala os transportes feitos em carroças movidas por animal.
Antes da Carroça existiam os
Carros de Bois que transportavam produtos predominantemente nos sítios e
fazendas; serviam para transportar a Cana-de-açúcar para as tradicionais
moagens que eram realizadas em cada uma de suas comunidades. Era uma junta de
bois que puxavam uma espécie de carroça cheios de Canas, Capim, mandioca,
oiticica, mamona e algodão.
Conhecemos e vivemos nos
tempos em que os jegues e burros transportavam, águas nuns canecos para atender
as residências da cidade e os jegues faziam a mesma coisa. Convém salientar que
os citados animais conduziam cargas de Lenha, Bagaço, Cana-de-açúcar, para as
nossas inesquecíveis moagens e outros produtos.
Alguns fazendeiros quando
iam e vinham de suas propriedades fazendárias traziam nos alforjes da corona,
queijos, manteiga, nata e os derivados do leite do gado.
Não muito distante, o Sr.
Xavier Timbó mantinha uma frota de Carroças para transportar muito
especialmente fardos de produtor industrializados que chegavam ao Ipu, no Trem
ou em outros veículos.
Relato aqui uma história que
foi repassa pelo “Tontim”, que é a seguinte: Nos anos 60 e 70 existiam times de futebol de
salão representativos das três fábricas de guaraná que rivalizam entre si -
Wolga, Brasil e Céu Azul. Certo domingo pela manhã Wolga e Brasil se de
gladiavam... A quadra estava lotada, papai sentado ao lado do seu Xavier Timbó,
gerente da Piratininga, uma firma de seu irmão Abdoral que lidava com algodão.
Por causa disso, o seu Xavier trabalhava com algumas carroças e seus
respectivos "burros", dentre eles a famosa "Burra preta".
Voltemos ao jogo! Bola vem, bola vai... o Tadeu - beque parado, tipo Timtim,
jogava pelo Brasil. O jogo já estava nos seus últimos momentos, seu Xavier
agoniado com o placar e torcendo pelo sucesso futebolístico do filho,
aproveitando aquele momento de um silêncio tenso do jogo, levanta o seu corpo
de quase 2 metros de altura e dispara: "TADEU, MEU FILHO, SE VOCÊ FIZER UM
GOL, EU LHE DOU A BURRA PRETA!". A quadra toda desaba numa gargalhada que
contagiou até os jogadores. Nesse jogo, foi a BURRA PRETA quem ganhou... É isso
aí... Gostaram? Assim me contou e escreveu Tontim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário