sexta-feira, 27 de março de 2015

Domingo de Ramos da Paixão do Senhor Quaresma
altEstamos começando a maior semana do ano Católico – A Semana Santa. Esta é onde se encontra alguns dos grandes mistérios de nossa fé. Nós, que pelo pecado de nossos primeiros pais, estávamos impedidos de ir para a casa do Pai, inclusive nem podíamos chamá-lo assim – Pai, pois perdemos a filiação com o pecado. Recebemos do Criador a maior graça que Deus poderia dar – seu próprio Filho, essa graça foi tão imensa que por mais que meditemos jamais iremos compreender o que é Deus enviar seu filho único, que se esvaziou de sua divindade, para assumir nossa natureza humana, que estava decaída pelo pecado e mesmo assim se colocou em nosso meio como um de nós. Esse rebaixamento do Filho de Deus foi algo tão incomensurável que Santo Agostinho diz que a obra do Filho é maior que toda a criação. Penetrar neste mistério é tocar o Céu. Saborear esta obra, este presente, esta humanidade de Cristo é ser elevado ao mais alto Céu. Temos muito que meditar, mergulhar, viver, são momentos santo, pleno de divindade.
E tudo o que aconteceu com Jesus foi proclamado pelo Pai nas profecias do Antigo Testamento. Puxa! Como o coração dos homens estava fechado! Tudo estava se passando na frente deles e nem assim abriram o coração para acolher o Rei que se colocou em nosso meio. Mas, na predestinação, do projeto do Pai, essas coisas estavam por acontecer, não que o Pai queria assim, mas os homens pela maldade de seus corações iriam agir assim.
Temos que olhar em nosso coração, pois muitas vezes Deus está manifestando algo e, muitas vezes, estamos indiferentes ao Senhor. Podemos cair na falta, de achar que celebramos a Quaresma todos os anos e é sempre a mesma coisa. Isso seria uma displicência. Não podemos esquecer que a Palavra de Deus é insondável e que todo o ato de Jesus é de valor eterno. Então temos que mergulhar nestas verdades e buscar, com o Espírito Santo, aquilo que o Pai tem preparado para cada um de nós nestas celebrações. Fiquemos atentos e saiamos da superficialidade, mergulhemos nos mistérios, pois existem coisas guardadas para cada um de nós, Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou” (Is 64,4). Nosso Deus é um Deus de Amor e Misericórdia que perdoa os pecados de seus filhos e os ama de forma incondicional - “Mesmo que a mãe esqueça seu filho eu jamais te esquecerei”. (Is 59, 15).
No início deste evangelho vemos Jesus na casa de Simão, este era marido de Marta irmã de Lázaro e Maria, inclusive é Maria que está perfumando o Mestre neste relato. (Derramou perfume em meu corpo, preparando-o para a sepultura).Maria era uma prostituta que se converteu e chorava seus pecados. Neste episódio da vida de Jesus ela já espera o fim de sua missão. O perfume já é um sinal de seu sofrimento. Mas, como a Páscoa está chegando Jesus quer deixar um sinal de sua presença entre os homens: “Isto é o meu corpo. Isto é o meu sangue, o sangue da aliança”.
No Getsêmanicomeçou a sentir pavor e angústia. Neste momento mais que sentir o peso de sua missão, Jesus sente o que o pecado da humanidade causa no coração do Pai amoroso e misericordioso. A angústia de Jesus é a dor do amor não correspondido.
Na cruz um pagão reconhece que é Jesus -'Na verdade, este homem era Filho de Deus!' – o que o povo Judeu, pelo menos em sua maioria, não foi capaz de reconhecer.
“Jesus deu um forte grito e expirou”. Deus morre na cruz, o impossível acontece. Jesus verdadeiro Deus e verdadeiro homem morre para nos dar a possibilidade de entrarmos no Céu, na casa do Pai, contemplar a Deus face-a-face. Tudo o que estava perdido foi resgatado, nós cometemos o pecado querendo ser Deus. Deus quis ser homem para arrancar-nos do pecado.
O que podemos querer de Deus senão participar deste amor?
Santa Semana Santa

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