CREPÚSCULO
A partícula luminosa mergulhava no cálice da Ibiapaba. Era a hora
do pôr-do-sol.
Reflexo poético da cor de uma saudade... desde criança gosto de
observar a beleza do firmamento, com suas nuvens branquinhas que se tornam
douradas no final de cada dia. È um momento de êxtase, porém tudo se dissipa muito
rápido dada à cidade ser brotada ao sopé da serrania.
Lembro-me do tempo de criança em que vi o pôr-do-sol, com toda sua
extensão, pela primeira vez. Estava na fazenda que pertencia ao meu Pai. A casa
grande erguia-se ao lado do açude. O gado já voltava ao curral quando minhas
primas, Nair e Neném, levaram-me para um passeio inesquecível... Andamos um
pouco até chegar a um terreno mais elevado. Foi nesta ocasião que o Poente se
descortinou maravilhosamente belo. O Sol já se despedia lentamente na hora
crepuscular. O céu tingia-se de cores fortes esbatidas como se uma enorme
fogueira tomasse conta do horizonte. Comecei a gritar de medo pensando que
fosse o fim do mundo, assunto tão propalado na época.
As primas me abraçaram e explicaram que era apenas o pôr-do-sol. A
bola de fogo crescia a cada instante e o circulo luminoso avançava a cada
instante para outras regiões. As águas do açude pareciam chorar a despedida...
Jamais esquecerei aquele momento único como são únicos todos os momentos de
nossas vidas.
Parabéns pela matéria. Parabéns pelo site, já troneei-me um seguidor. Aproveito a oportunidade para compartilhar também nosso espaço. Ficaremos felizes por vossa visita e mais ainda se seguir-nos.
ResponderExcluirAtenciosamente
Josiel Dias
http://josiel-dias.blogspot.com
Rio de Janeiro