quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Uma singela homenagem ao Mestre Alencar 7 cordas

O mestre de toda uma geração nos deixou... Mas seus ensinamentos ficam fortes e constantes na mente de cada um que um dia pode estar na presença desde cearense de Ipu. Humilde, conhecedor profundo de sua arte, o grande mestre Alencar 7 cordas formou os principais músicos de Brasília.
Seus ensinamentos não se resumiam a notas e acordes, eram lições de vidas, sempre regadas a muitas histórias, contos e anedotas. A maestria fazia parte da alma desse ipuense arretado. Sempre de bem com a vida ele encantava e comovia a todos escutassem sua virtuose.


O lendário violonista Alencar 7 cordas morreu na noite desta quarta- feira (15) em Brasília. O músico de 60 anos, que foi um dos fundadores do Clube do Choro,  sofreu um infarto fulminante após participação no show do pianista Antônio Carlos Bigonha  na Casa.


Alencar foi peça fundamental na  formação  de grandes instrumentistas da cidade, e sua árvore harmonica estará sempre presente na alma de todos os seus alunos e colegas.


Uma rara unanimidade no meio musical brasiliense, José Alencar Soares, o Alencar Sete Cordas, foi responsável pela formação de violonistas de diferentes gerações. Um dos fundadores do Clube do Choro, do grupo Choro Livre e primeiro professor da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, ele comemorou 60 anos, em 17 de junho deste ano, com uma grande festa, cercado de amigos, colegas e discípulos. No começo da madrugada de ontem, morreu, no Hospital de Base, vítima de enfarte.



Ainda lembro como se fosse hoje a comemoração de seus 60 anos. O lugar repleto de grandes músicos de brasília, todos em harmonia tocando com o mestre.
Acho que só ele poderia reunir a nata dos músicos num só lugar. O mestre é querido por todos.


Na noite de quarta-feira, convidado especial de Antônio Carlos Bigonha, em show no Clube do Choro, Alencar subiu ao palco, no segundo bloco, e acompanhou o pianista em Carta a Niemeyer. “Ele estava tranquilo, feliz, e tocou lindo, recebendo aplausos calorosos da plateia. Dediquei a música a ele e ao Reco do Bandolim”, conta Bigonha. Logo após sair de cena, Alencar passou mal e foi para o carro.

Ao ser informado do ocorrido pelo segurança do clube, Reco do Bandolim foi ao encontro do violonista e o viu pálido, com falta de ar e sentindo fortes dores. “Imediatamente, levei Alencar ao Hospital de Base. Lá, o médico tentou reanimá-lo com massagem, choque, mas não houve jeito. À 0h15, ele morreu, vítima de enfarte fulminante”, conta Reco.


Todos homenageavam e reverenciavam o mestre, em vários eventos:


Até música ele ganhou:


Roda de choro
José de Alencar Soares, ou Alencar Sete Cordas, como é mais conhecido, mudou-se para a capital federal na década de 70. Alencar Sete Cordas teve importante atuação no desenvolvimento musical de Brasília, visto ter sido um dos fundadores do Clube do Choro de Brasília, no qual se apresentou durante 25 anos como violonista e arranjador do Grupo Choro Livre. 

Logo que chegou à cidade, o violonista foi ao encontro dos músicos que participavam da roda de choro no apartamento de Odete Ernest Dias, na 311 Sul, onde foi criado o Clube do Choro. Ontem, a flautista, que voltou a morar no Rio de Janeiro, soube da morte do amigo logo no começo da manhã. “Estou chorando desde que tomei conhecimento da morte dessa pessoa íntegra, de grande doçura e um músico extraordinário. O Alencar gravou pela primeira vez ao me acompanhar no choro Só para moer, faixa do disco A história da flauta brasileira, que lancei pelo selo Eldorado em 1981”, lembra, saudosa.





Parceiro Constante do Alencas o cavaquinista Eneias tem vários clássicos gravados com o nosso querido mestre.. As baixarias do Alencas são muitooooooooooo boas. Confiram
Ve se Gostas


Santa Morena


Choro novo em Dó


Receita de Samba


Queria me bem


Okikirias



Atuação como Instrumentista
Ao longo de sua carreira, o mestre Alencar Sete Cordas apresentou-se ao lado de diversos importantes instrumentistas brasileiros, dos quais se destacam: Hermeto PaschoalSivuca,Dominguinhos, Oswaldinho do Acordeon, Laércio de Freitas, Antônio Adolfo, Leandro Braga, Gilson Peranzeta, Sebastião TapajósZé MenezesTuríbio SantosMarco PereiraPaulo BelinattiPaulo Moura, Zé da Velha e Silvério Pontes, Paulo Sérgio Santos, Proveta, Carlos MaltaAltamiro Carrilho, Carlos Poyares, Odeth Ernest Dias, Plauto Cruz, Ronaldo do Bandolim, Jorge Cardoso, Hamilton de Holanda, Izaias do Bandolim, Déo Rian, Joel Nascimento, Armandinho Macedo, Waldir Azevedo, Henrique Cazes, Maurício Einhorn e Avena de Castro, e outros.
Também acompanhou diversos cantores, tais CartolaClementina de JesusMoreira da SilvaSílvio CaldasPaulinho da Viola e Elton Medeiros.


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