domingo, 4 de janeiro de 2015


Ruas.
As ruas constituem um relicário de nossas alegrias e tristezas. O sacrário de nossas recordações. O ponto de referência de nossa cidadania. O primeiro beijo, a bodega da esquina, o bêbado, o intelectual, o filósofo de pé de balcão, o catecismo que passam no caleidoscópio da nossa imaginação. A rua é o museu dos nossos sentimentos. Testemunha silenciosa dos nossos sonhos e frustrações, os seus moradores embalam o saudosismo em tudo que se passou.

Não esquecendo que as ruas inspiram, funcionam como musa junto à árvore plantada e que serviu de abrigo para o primeiro encontro, para o primeiro abraço, para o abocamento de seresteiros que varavam as madrugadas em serenatas, tendo somente a lua como companheira.

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