segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Coluna Prestes- 13 d janeiro de 1926
Com a COLUNA PRESTES se aproximando do Ceará, Floro Bartolomeu, deputado federal do Estado, recruta uma força de defesa, os Batalhões Patrióticos, e vai com ela para Campos Sales (CE). Prepara uma carta convocando Lampião e a manda para o Padre Cícero endossar. Um mensageiro vai atrás de Lampião.
Lampião recebe a carta e segue para Juazeiro. Acampa com 49 homens perto da cidade e mais de 4 000 curiosos vão vê-lo. Em seguida, se encontra com o Padre Cícero e recebe uma patente de capitão dos Batalhões Patrióticos, assinada, acredite, por um funcionário do Ministério da Agricultura. Mais tarde esse homem diria que, naquelas circunstâncias, assinaria até exoneração do presidente. Todos os cangaceiros recebem uniformes e fuzis automáticos. No dia 8, Floro morre.
Oficialmente, ele recebe a missão de combater a Coluna Prestes - um grupo de comunistas liderados por Luís Carlos Prestes -, grupo que vinha percorrendo o País durante o governo do presidente Artur Bernardes. No entanto, após se distanciar uns 6 quilômetros de Juazeiro, Lampião decide se embrenhar na caatinga, em busca de combates mais lucrativos, deixando para trás o prometido a Padre Cícero e as responsabilidades para com o Estado.

A COLUNA PRESTES EM IPU
Madrugada do dia 13 de janeiro de 1926, a cidade de Ipu “dormia” o seu sono tranquilo. Às 5 horas da manhã, 100 homens montados e armados, vindo do Piauí, entravam na cidade de Ipu, descendo a ladeira da Mina. A Terra de Iracema acordava ao som de uma corneta, tocada por uma daquelas cem almas com “caras de poucos amigos”. À frente dele, uma multidão de “revoltosos” emparelhados como que marchando em sintonia. Muitos traziam rifles apoiados em seus ombros, parecendo estar “descansando” os braços do peso das armas. Os homens com rifles carregam também bandeiras encarnadas e em seus pescoços, lenços da mesma cor, que, às vezes usavam para esconder os rostos.
Vinham do Piauí e seu destino inicial era a cidade de Ipu. Nesta cidade, buscavam especificamente obter mapas geográficos detalhados dos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba. No Piauí, souberam da notícia de que eles existiam e se encontravam no acervo do Gabinete de Leitura Ipuense, uma espécie de biblioteca com imenso patrimônio em livros, revistas, jornais e mapas.
No dia 12 Jan 1926, no Sítio São Roque (CE), município de Croatá-CE (antes chamava-se Campo Grande e depois Guaraciaba do Norte, na Serra da Ibiapaba) surgiu um bando de revoltosos (cangaceiros fardados), à pé e a cavalos, armados de rifles. Eram barbudos, cabeludos, carentes de banhos e de roupa limpa, arrogantes, nervosos, violentos, pedindo, tomando e roubando, quebrando o sossego de todos e dispostos a tudo.
Após pesquisas e tomadas de depoimentos com pessoas mais velhas residentes no distrito de São Roque-CE, conclui-se que o assunto sobre os revoltosos trata-se com veracidade sobre a passagem na região da Coluna Prestes
Ao se deslocarem de São Roque, pela Estr. da Cachoeira, o bando seguiu em direção ao Ipu, mas na localidade conhecida como Boqueirão, a Polícia Militar estava de campana. Os revoltosos retornaram pelos caminhos do povoado de América e no dia 13 jan. de 1926 passaram então pela cidade de Ipu. E de lá, seguiram por Ipueiras, Nova Russas e o distrito de Sucesso.
Em seguida, a cidade de Crateús foi invadida onde houve intenso tiroteio com a polícia. Somente deixaram o Nordeste em 20 de Agosto de 1926, tendo fim em Fevereiro de 1927 na Bolívia. (Varias Fontes)
PARABENS para quem teve coragem de ler tudo... Como vocês podem ver, existem muitos fatos que não estão nos livros de historia...


— com Francisco De Assis Martins, em São Benedito-Ceará.

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