José Artur Alves Pereira (Tutu). Folclorista
de nossa cidade gostava de contar histórias mirabolantes sem que tivéssemos que
relacioná-las seriam inúmeras. Dentre as muitas histórias selecionamos duas.
Certa vez discutiam, os dois irmãos
Mestre Ângelo e Artur comentavam e até apostavam quem atirava melhor; e no auge
da discussão resolveram marcar uma um duelo, cada um com um revolver nas mãos,
foram para um lugar a esmo e preparam o duelo. Ficaram de costas e contaram dez
passos, ao sinal se viraram e olhos fechados atiraram uma no outro. Depois do
disparo, ficaram abrindo lentamente os olhos e o observaram que nenhum tinha
sido atingindo por uma bala, de repente viram no ar as duas balas detonadas se
encontrando e fazendo força para passar uma pela outra. Eram dois bons
atiradores acredite se quiser. O tiro foi tão certeiro que fizeram com que as
balas se encontrassem.
Numa outra investida de Artur, quando
de uma de suas namoradas que residia na cidade de Ipueiras. Estava muito
doente. Moribunda mesmo. Quando por volta de seis horas da tarde recebeu pelo
telégrafo da Estação uma mensagem que a sua bela amada estava prestes a partir.
De imediato procurou um transporte encontrando somente um bom cavalo que lhe
foi cedido pelo Sr. Cajão. Preparou o animal, montou-se e partiu em direção as
Ipueiras para o derradeiro Adeus, Ipueiras dos Mourões ou simplesmente
Ipueiras.
Em determinado local de uma passagem
de nível vinha um trem cargueiro e que demoraria muito a passagem do comboio,
não hesitou fez uma oração a São Cipriano e o trem abriu-se meio a meio
permitindo assim ao nosso bom amigo Artur uma rápida passagem para que
conseguisse a tempo chegar aos últimos suspiros de sua bem amada.
Ao chegar à beira do seu leito
exclamou STELA, e ela MEU AURTUR e num gesto lânguido triste
e de profunda saudade partiu para eternidade. Ainda disse: ADEUS ATUR NUNCA TI ESQUECEREI.
Nenhum comentário:
Postar um comentário