HISTÓRIAS
DE:
FRANCISCO
ALVES DE SOUSA
(Chico
do Padre – só que a razão Padre se referia ao Mons. Gonçalo de Oliveira Lima)
Francisco
Alves de Sousa, conhecido na cidade como Chico do Padre, Chico da Farmácia,
Chico da Sucam, Chico do Posto, Chico Cabeça Branca, Chico da Maninha, Chico
Bica-Bica, tem histórias gostossisimas para contar.
Na
Farmácia Iracema onde trabalhou por mais de 40 anos, certo dia um dos seus
fregueses perguntou ao Chico se tinha para vender atadura, pois estava
necessitando de uma por haver sofrido uma entorse no braço. De imediato Chico
responde que sim, e como autentico gozador foi ao quintal da Farmácia e trouxe
uma ATA (fruta) verde, dura e entregou ao freguês.
Chico
ainda ao atender outro cliente que se queixava de: falta de sono não estavam
dormindo bem e qual seria um bom remédio, não demorou nada e ele indica – bom
mesmo pra dormir é Cama ou Rede.
Outra
vez o paciente se apresenta dizendo que estava todo quebrado imediatamente
Chico indica, bom mesmo, é: Cola Tudo.
Outro
chega e diz que está com uma coceira danada e precisa de um bom remédio porque
não agüenta mais, Chico receita-lhe dizendo bom mesmo pra isso aí, É Unha...
HISTÓRIA
DE JOÃO CRISTÓVÃO DE PAIVA
João Cristóvão ou João da D. Águida como era
conhecido, morou por muito tempo em Fortaleza na Rua São Paulo 1218, onde
funcionava a “PENSÃO” de propriedade de sua mãe e que abrigava pessoas,
estudantes, principalmente do Ipu.
Por
algum tempo ali fixei residência, quando dos meus primeiros anos de estudo em
Fortaleza, ainda recruta quase não conhecia nada e para melhor me adaptar fui
morar lá em companhia de muitos outros filhos de Ipu.
João,
além de funcionário do Excelsior Hotel, era alfaiate, costurando somente para
homens.
Certa
noite ao chegar do Hotel por volta de 10h. João procurou logo se recolher, era
o plantonista da porta, ou seja, quem abria e fechava a porta para nós
estudantes ali residentes.
Nesta
noite quando chegamos da Central da RFFSA onde costumeiramente íamos esperar a
chegada do Trem P6, vindo da zona Norte do Estado encontramos o nosso bom João
dormindo de peito aberto, foi aí que o Gomes Farias que estava neste momento
vindo da cozinha presenciou aquele momento de muito sono do João, e resolveu
voltar ao local onde eram feitos os alimentos de D. Águida encontrou pendurada
num prego da citada cozinha uma “fussura” ou “fissura”, e como a mesma ainda se
encontrava fresca conseguiu molhar os dedos de sangue e passou no corpo de João
que ao acordar e se dar conta daquele sangue em seu corpo faz um alarme dos
mais incríveis correndo por todo interior da casa dizendo “Mamãe me acuda pelo
amor de Deus que eu estou furado e não encontro o buraco”, quando D. Águida
acorda e ver tudo aquilo diz: João isto é o sangue da “fissura”, já sei, é
“safadeza” do Neném Pereira naquela época Gomes Farias era conhecido assim.
Mas
tudo acabou em paz dormimos naquela noite depois de muitas risadas e
gargalhadas
HISTÓRIAS
DE RAIMUNDO LOPES DA SAPATARIA
Homem
íntegro, austero, resoluto, estava ao lado dos mais fracos, comerciante de
conduta ilibada, enfim, bom cidadão e pai de família exemplar.
Djacir
Torquato, também homem íntegro comerciante, agropecuarista, sempre trabalhando
nas suas várias fazendas. Chegando em casa depois de uma de suas viagens
manifestou cansaço ao trabalho do campo.
Foi
aconselhado ir ao médico.
Depois
de fazer várias consultas, os médicos chegaram a uma conclusão que Djacir
estava depressivo e precisava de um certo repouso a ponto de não poder receber
nem mesmo visitas; assim foi feito Djacir recolheu-se aos seus aposentos e a
família passou a fazer o tratamento indicado pelos médicos.
Djacir
melhorava paulatinamente, pois as depressões sempre exigem um tratamento lento.
Raimundo
Lopes sabendo do estado de saúde de Djacir foi até a residência do moribundo,
ao chegar lá foi informado que as visitas estavam proibidas, mesmo assim Lopes
insiste e consegue entrar no quarto do doente, ao ver o estado de Djacir
exclama!... “Meu amigo DEJA”, te levanta, o Luiz Paulino que estava muito mais
doido do que tu já anda por aí em todo canto da cidade, te levanta, rapaz “.
Ora
meu amigo, para quem estava tão doente a ponto de não poder receber nem visitas
e recebe uma dessas, é de lascar!...