VIDA NO SERTÃO
Solitária. Longe do
bulício, das trambolhadas, livre até de amigos.
Esta, a vida no
sertão; neste sertão produtor, rico, a terra do gado e homem destemido.
Na fazenda a luta é “braba”,
é enleada com coisas que na realidade não é para todo mundo.
Mas o sertanejo é
disposto.
Está concretizado no
trabalho rude e zomba do vagabundo da praça. Considera-o menor. E é mesmo
menor, pois nunca será capaz de enfrentar o peso. Como uma cruz leva aos ombros
do inverno ao verão. Vaqueiro com o gado. Lavrador com agruras do sol e da
chuva.
Mas, eu quero o
sertão, longe do estremunho devorador de vidas.
Vamos para o sertão,
no que aqui se segue...
O CAMPO SANTO
É a cidade dos mortos.
Dos entes queridos, amigos e de todos os que ali foram morar.
Cidade quieta, muda,
tranquila e triste. Não se vê a quem se procura. A casa e mais nada, é só.
Lugar de meditação, de
horas de saudades. Relicário de lembranças.
Nunca uma alegria,
nunca um riso ante a lúgubre hora de uma visita.
E aqueles moradores
não veem sequer os ornamentos que estão sobre suas moradias.
Nem sabemos se as
nossas preces, nossas orações sejam ouvidas.
É a cidade dos mortos
dentro de muros. Está a abrir sua porta todos os dias para que entre mais um...
mais um... mais um...
(Chagas Paz-Ipu-CE).
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