quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Caros conterrâneos e amigos de Ipu,

1. Política é uma arte e o filósofo grego Aristóteles dizia que o homem é um animal político. E é mesmo, pois ele vive na \"polis\" (cidade) e tem de fazer parte da vida dela.
2. Digo reiteradas vezes, quando tenho oportunidade, que a ditadura militar fez duas coisas boas: acabou com os partidos políticos então vigentes e instituiu a aposentadoria do trabalhador rural.
3. Analisemos, apenas, a situação política de Ipu. Dominavam a UDN e o PSD. Famílias divididas. Até relacionamentos amorosos eram contestados pelas famílias pertencentes aos dois grupos rivais.
4. Com a criação de novos partidos, como diz a gíria, \"liberou geral\". As famílias, outrora rivais, passaram a conviver juntas em outras legendas partidárias. Isto foi muito bom, pois acabou com aquela disputa insana entre PSD e UDN. Isto é um tema para os historiadores da terra, cuja safra atual é muito boa.
5. Famílias que eram blocos monolíticos fracionaram-se e ingressaram nos mais diversos partidos. Hoje, não se pode, por exemplo, falar na família Martins como um bloco partidário. Membros dela estão espalhados por diversas legendas. E assim aconteceu também com outras famílias políticas tradicionais de Ipu.
6. Outro aspecto bom da ditadura foi a aposentadoria do trabalhador rural. Somente um regime de força poderia fazê-lo, pois a oligarquia rural brasileira não o permitia. E este trabalhador, incansável e produtivo, gerador de riquezas, sem direito à aposentadoria, vinha a falecer empunhando o cabo da enxada. Triste sina.
7. Não obstante a renovação política determinada pela ditadura militar de 1964, a política em si não melhorou como era de se esperar. Continuaram os mesmos vícios, agora mais sofisticados.
8. Escândalos políticos aparecem na mídia todos os dias e muitos dos candidatos a postos eletivos, nas próximas eleições, continuam com suas fichas sujas.
9. Os órgãos fiscalizadores da moralidade pública são ineficientes e omissos.
10. E a própria mídia é omissa também na fiscalização do poder público e na preservação do patrimônio público. Não tenho conhecimento da divulgação pelos blogs de Ipu da usurpação do patrimônio público da União - especificamente do Parque de Exposições de Ipu - que está sendo invadido por terceiros para construção de residências particulares. Não tenho notícias de que algum órgão público ou mesmo a mídia, na sua função fiscalizadora, tenha provocado o ministério público sobre o assunto.
Cordialmente,
Olívio Martins de Souza Torres

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