quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A N T I P R E G U I Ç A
Ante, expressa a idéia de oposição, de reação contrária. Portanto, ante preguiça, entende por oposição á preguiça. E eu tenho convicção que de que preguiça não existe.
O que chamamos preguiça nada mais é, que uma reação orgânica á fazer-se aquilo que não gostamos. Então vejamos: quando crianças não gostaram de estudar e por isso temos preguiça de irmos ao colégio. No entanto, se nos chamarmos para irmos á praia, ao cinema ou ao parque, não temos preguiça. Mesmo ao colégio, no dia que a aula é da matéria que gostamos, não temos preguiça.
E isso se reflete na vida adulta. Muitos pais induzem e quase obrigam seu filho estudar medicina; pois ter um filho médico dá-lhe status, massageia seu ego.
No entanto, esse filho queria mesmo era ser engenheiro, vai ao consultório, ou ao hospital com muita preguiça. O que ele queria mesmo era escavar túneis, construir pontes, fazer edifícios e construir estradas.
E assim é todo ás profissões, existem aqueles que estão fazendo o que gostam, e esses não tem preguiça. Existem também os outros que estão fazendo ás mesmas coisas, porém, por imposições, esse tem preguiça.
Um exemplo bonito. Nas estradas brasileiras, viajando-se pelos sertões; nas longas retas, avista-se um caminhão, o caminhoneiro pisca-lhe os faróis rapidinhos e você faz o mesmo. Quando ele se aproxima mais um pouco, liga a seta de seu lado e você deve fazer o mesmo. Eles nunca se viram antes, no entanto mantiveram um diálogo, manteve uma conversa, eles estavam felizes, estavam fazendo o que gostam e por isso não tinham preguiça.
Os que dirigem por necessidade e não porque gostam, faz de má vontade. Não respeitam os colegas, não dialogam com ninguém, provocam acidentes e causam desastres, fazem com preguiça.
Outra coisa que nos faz ter preguiça é não estarmos bem de saúde, física, social ou mental.
Portanto, o maior antídoto contra a preguiça é, fazer o que se gosta.

Do livro: “Fragmentos de Uma Oficina Acadêmica”
De Amadeu Lucinda.

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