O MENINO DO SERTÃO QUE O CONCURSO REVELOU
Sou menino nascido no sertão nordestino e quase sem escolaridade.
Tenho uma grande facilidade para escrever, (talento) descobri o
“Concurso Banco Real Talentos da Maturidade” e me identifiquei com ele.
Os princípios do concurso tinham tudo haver comigo, sou uma criança que
já passou dos sessentas, gosto de escrever, mergulhei fundo no mesmo.
Participo já alguns anos, sempre na categoria literatura que é minha
praia.
Escrevi textos lindos, porém nunca fui classificado ou
premiado; isso entende que se deve a minha pouca escolaridade e assim
sendo meu português muito fraco. O português é uma das exigências dessa
categoria.
Pensando assim voltei a estudar, procurei a Universidade
Estadual do Rio de Janeiro, - UREJ – onde eles têm um trabalho muito
bonito voltado á terceira idade, ( UnATI) Universidade Aberta a Terceira
Idade.
Melhorei meu português como vêm, juntei aqueles textos
deu-lhe umas melhoradas fiz minhas correções, eu mesmo, apesar de
autodidata dei minhas pinceladas porque todas as vezes que se pede
alguém para uma correção é destorcido algum de seus pensamentos.
Juntando esses e outros, fiz uma coletânea e escrevi um livro, ficou lindo, chama-se: “O Anjo da Noite e Outros Contos”.
E isso me abriu uma luz, descobri que sou escritor. É isso mesmo sou
escritor. Disse Graciliano Ramos que, quando alguém vive de escrever não
quer dizer que é escritor, mas, quando uma pessoa não pode viver sem
escrever, esse sim é escritor; eu depois que comecei escrever para esse
concurso não consigo mais viver sem escrever. Prova disso é que já
escrevi dez livros, e vou escrever tantos outros. E se esse escritor
hoje existe devo ao concurso Banco Real Talentos da Maturidade. Foi ele
que me revelou.
Logo depois desse desabafo, fiz pra esse mesmo
concurso, um trabalho sobre as farmácias popular do Estado e ganhei o
prêmio e também o primeiro lugar.
Como prova vou postar aqui uma foto entregando o troféu para a governadoura.
Amadeu Lucinda.
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