sábado, 5 de julho de 2014


NA BICA DO IPÚ
Em 1995 fui passear na Ceará, estava na casa de meus Irmãos nos Morrinhos. E, como tinha ido de avião estava sem condução; Morrinhos era um lugar muito isolado, pensei visitar um tio de minha mulher num Sítio perto do Inhuçu.
Pedi a um meu sobrinho que hoje mora aqui no Rio, e tem uma linda propriedade nos Morrinhos que me levasse de moto. Fomos e quando estávamos perto do destino, encontramos com uma linda moça, amiga dele com certeza; ele parou a moto e entraram num longo papo e, esqueceram que eu estava ali, e não muito confortável; depois da visita e já na volta, como sou muito amigo desse meu sobrinho, falei: poxa! Não custava nada ter pelo menos me apresentado a moça, cadê sua educação? Ele me disse:
- E, tio; você já era, seu tempo já passou. Respondi:
- Você se engana, tenho muitas coisas mais do que você além da idade, tenho educação e dinheiro e isso elas gosta. Falei em tom de brincadeira,afinal estava passeando para ver meus amigos e minha família e não atrás de aventuras.
No outro dia arrumei um carro emprestado e coloquei aquele e outros sobrinhos dentro e fui visitar alguns dos muitos lugares de minha terra que eu amo. Primeiro, minha Guaraciaba, depois Reriutaba, Varjota, Croatá dos Martins e por fim Ipú. No Ipú fui direto a Bica, lá pedi um churrasco e algumas cervejas; foi aí que chegou um carro de Tianguá ou Ubajara, com quatro belas moças e dois rapazes, ocuparam uma mesa próximo a minha e os rapazes pediram uma cerveja e seis copos, colocaram aquela cerveja dividida por seis e deixaram as meninas na mesa e foram tomar banho.
Quando o garçom apareceu, ordenei que colocasse quatro cervejas e uma bandeja de churrasco na mesa daqueles desconhecidos. Logo que isso aconteceu as meninas vieram até nossa mesa querendo saber quem eu era e por que fizera aquilo e onde eu morava, se eu era de Fortaleza, pois uma ação daquela não seria de gente do lugar. Me apresentei, disse: moro no Rio, porém sou daqui. Quanto ao motivo, é que estou a passeio e tudo pra mim é festa. Na volta, ali no alto do quatorze, disse pra ele, meu tempo já passou né? Porém, não vieram perguntar quem era vocês...
Talvez, inconsciente, tenha me lembrado que em outro passeio, ali mesmo no Ipú, fui suspeito de ter cometido um crime em São Benedito e ser abordado por um major da polícia militar e dezoito praças.
Amadeu Lucinda. 05/072014

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