Celebramos
o maior mistério de nossa fé – a Santíssima Trindade – “Um Deus em três
pessoas, sendo cada um Deus por inteiro”, não são três que formam um e nem um
que se apresenta como se fosse três. Mas verdadeiramente UM só Deus em três
pessoas distintas que não se confundem não se separa e que distinguimos a ação
de cada um como pessoa e participamos efetivamente na vida de cada uma das
pessoas e consequentemente da própria Trindade. O Pai gera o filho desde toda a
eternidade e dá a Ele toda a divindade exceto o ser Pai. O Pai e o Filho geram
o Espírito Santo o qual é adorado e glorificado como Pai e o Filho. A trindade
é consubstancial, isto é, da mesma substância – Deus. Vejamos o que diz o
Catecismo de nossa Igreja:
“A
Trindade é Una. Não professamos três deuses, mas só Deus em três pessoas:
"a Trindade consubstancial". As pessoas divinas não dividem entre si
a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: "O Pai é aquilo
que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, O Espírito Santo é aquilo que são
o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza". "Cada uma das três
pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza
divina". As pessoas divinas são realmente distintas entre si. "Deus é
único, mas não solitário". "Pai", "Filho",
"Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do
ser divino, pois são realmente distintos entre si: "Aquele que é o Pai não
é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele
que é o Pai ou o Filho". São distintos entre si por suas relações de
origem: "E o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que
procede".
A Unidade é Trina - As
pessoas divinas são relativas umas às outras. Por não dividir a unidade divina,
adistinção real das pessoas entre si reside unicamente nas relações que as
referem umas às outras:‘Nos nomes relativos das pessoas, o Pai é referido ao
Filho, o filho ao Pai, o Espírito Santo aos dois;quando se fala destas três
pessoas considerando as relações, crê-se, todavia em uma só natureza ou
substância'. Pois ‘tudo é uno [neles]’ onde não se encontra a oposição de
relação. ‘Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo
inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no
Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho’”.
(CEC 253-4).
Olhando para Moisés e
buscando aqui a comunhão com Deus observamos que Moisés “subiu” ao monte de
“madrugada” para falar com Deus e o “Senhor
desceu na nuvem e permaneceu com Moisés”, nesta presença Moisés grita,
exulta e adora ao Senhor e neste momento faz uma oração de suplica pelo seu
povo.
Precisamos aprender com
estes mestres da oração. Aquele que ora e tem uma vida regrada de comunhão com
Deus em oração estará sempre intercedendo pelo povo, pela igreja e por um mundo
melhor. Este sempre será o papel dos homens e mulheres de oração. O “mundo será
transformado somente pela oração”. A oração é a primeira forma de
evangelização, pois somente aquele que ora sente a necessidade de levar Jesus
aos irmãos. Peçamos o Dom de Moisés a Deus.
Mas sabemos, também, que a
revelação Trinitária foi um processo dentro da Economia da Salvação (processo)
e que somente em Jesus que recebemos a revelação das três Pessoas Divinas. Mas,
hoje, olhando para o Antigo Testamento vemos que Deus “falou pelos profetas” do
Filho e do Espírito, mas ainda estava velado aos olhos daquele povo. Mas na
“Plenitude dos Tempos” Deus envia seu filho que nos revela toda a verdade. Por
isso vemos São Paulo dando a benção em nome das três Pessoas: “A graça do
Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com
todos vós”.
A Comunidade primitiva, apostólica,
entendeu de pronto, a mensagem de Jesus e sempre adorou Deus em três pessoas,
isto é não houve dúvidas naquilo que Jesus lhes havia revelado.
Que em nossa caminhada de oração
possamos manter uma relação de intimidade com cada uma das pessoas da Trindade.
Adoremos o Pai fonte de todas as graças, de todas as bênçãos; Adoremos a Jesus
que é nosso redentor e que conquistou as bênçãos do Pai; Adoremos ao Espírito
Santo que manifesta em nossas vidas as graças do Pai que foi conquistada por
Cristo.
E veja bem a Trindade faz habitação em
nós e age cotidianamente em nossas vidas. Como na passagem da Videira Verdadeira
(Jo 15). Jesus é a videira a qual estamos inseridos nela pelo Batismo, o
Espírito Santo é a seiva que leva alimento aos galhos (que somos nós) e o Pai é
o agricultor que cuida da videira, rega, aduba, poda e colhe os frutos.
Meditemos na Trindade que faz morada em
ação em nossa vida.
Antonio ComDeus (Arque
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário