Maçonaria
– Morte.
Da concepção de Morte para
os maçons
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Sendo a
Instituição Maçônica uma Ordem Iniciática, portanto detentora de axiomas
próprios, configurando-se tal qual um estamento; possui uma concepção assaz
particularizada sobre o “grande mistério” da morte.
Conforme Bayard,
a analise da Morte pressupõe antes uma análise da Vida. Para o Maçom,
conforme já foi dito neste trabalho através das palavras de José Mattias
Lopes, a vida resume-se a um constante aperfeiçoamento, um labor que visa o
melhoramento do ser in terrae, não estando desta forma, o homem,
fadado a permanecer perpetuamente neste plano corruptível.
Desta feita, a
morte para a Maçonaria é, senão, uma passagem, uma transferência de um plano
corrupto para uma vida post mortem em um plano maior, junto
à perfeição divina, transferência esta que sugestiona o câmbio do status do
morto, colocando-o na esfera do sagrado, o que nos remete, analogamente, às
concepções judaico-cristãs, conforme explicita o Ritual de Pompas Fúnebres do
Rito Adonhiramita em citação de Job:
“Nós ouvimos,
sombra cara, as tuas queixas e teus suspiros, dirigimos-te estas palavras
ternas e consoladoras. Está escrito que seremos revestidos de uma carne
incorruptível no seio da Glória, que então veremos o Pai, o Criador de tudo
que respira; nós O contemplaremos com os nossos olhos despidos de qualquer
emblema.”
Este lugar
imaculado, habitáculo dos maçons já falecidos chama-se maçonaria celeste, que
é uma espécie de loja regida diretamente pelo Grande Arquiteto do Universo, o
Senhor dos Mundos, Pai da “perfeição” tão almejada pelo maçom em vida.
É certo que
estas concepções de morte são propostas a fim de se obter um tipo de
universalização no qual se contemple todo tipo de credo, posto que, como já
foi colocado, a maçonaria é uma instituição laica, ou seja, sem grilhões
dogmáticos, o que implica que seus membros já possuem seus credos advindos de
sua vida extra-maçônica.
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