quarta-feira, 28 de maio de 2014


As ruas constituem um relicário de nossas alegrias e tristezas. O sacrário de nossas recordações. O ponto de referencia de nossa cidadania. O primeiro beijo, a bodega da esquina, o bêbado, o intelectual, o filosofo de pé de balcão, o catecismo que passam no caleidoscópio da nossa imaginação. A rua é o museu dos nossos sentimentos. Testemunha silenciosa dos nossos sonhos e frustrações, os seus moradores embalam o saudosismo em tudo que se passou.

Uma sugestão nas mudanças de nomes de ruas.  Coloca-se em baixo do nome oficial o nome de origem que sempre sugere o primitivismo de suas criações, cujos significados contam com certeza a nossa história.

Não esquecendo que as ruas inspiram, funcionam como musa junto à árvore plantada e que serviu de abrigo para o primeiro encontro, para o primeiro abraço, para o encontro de seresteiros que varavam as madrugadas em serenatas, tendo somente a lua como companheira.
(Francisco Melo)

GUARDIÃO DAS HORAS
Gostaria de falar-te sobre a beleza do mundo
Nada mais do que a beleza
Infinito instante de um tempo eterno
A palavra acenando
Ruas desertas!
Esculpindo os pássaros se amando
E troncos de arvores nos campos
Gostaria de falar-te sobre o poema
Cada palavra arde de paixão,
Cada intervalo agoniza na solidão
Nada define a história dos amantes.

Lourdes Sarmento


“Cesta Literária” – Será uma reunião mensal na Casa de Cultura com Intelectuais da Terra.

                         (Sugestões Culurais - Ipu CE.)




  

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