quarta-feira, 9 de abril de 2014




Chico Parnaibano - 31out04 (sobre a foto do Bar Cruzeiro)
Mestre Tataz,
De Gonçalo Leite, apenas uma vaga lembrança. O nome soa como de pessoa conhecida, porém, a ficha ainda não caiu. O juizo fica num reboliço infernal, tentando localizar as origens, daqui a pouco chega.
A foto do bar cruzeiro, quem bateu a chapa, bateu de dentro do balcão onde ficava a geladeira, a mesa quadrada era mais para servir bebidas, pois tinha também um tipo de mesa com tampo de mármore sextavado com as bordas bisotadas mais para servir sorvetes.
Lá pelo finzinho de 1958, Murilo Mota teve uma participação muita grande na nossa vida. Pois, quando meu pai estava para comprar nossa casa na Rua do Papôco, ele não tinha o dinheiro todo. Parece que casa era vinte mil cruzeiros e ele só tinha doze mil e também estava com medo de pegar o dinheiro emprestado no Banco do Brasil, apesar da insistência do Toim José, meu Pai teve receio de pegar o dinheiro no BB, sabendo da história Murilo Mota fez o empréstimo ao meu Pai e assim ele comprou nossa casa lá na Rua do Papôco.
Também tenho lembranças constantes do verdadeiro magazine de Murilo Mota - não lembro mais o nome - porém lembro dos fantásticos botões que lá existiam e me extasiava com um revolver de brinquedo - imitando um colt 45 - todo niquelado, com o cabo de madrepérola que disparava espoletas, que vinha numa fita enroladinha e se colocava no bojo do revolver. Ali mesmo no balcão eu já me via fantasiado de Durango Kid, todo vestido de preto atirando pra todo lado. Naquele balcão eu me encontrava com a modernidade das coisas que tinha naquel magazine, pois tinha de tudo. Aviamentos diversos para costura, perfumes, tesouras de diversos tamanhos da marca Corneta, também as navalhas Corneta muito famosas na época, canivetes, pás, enxadas, revolveres Taurus e uma infinidade de coisas. As duas irmãs de seu Murilo eram quem atendiam os fregueses, na época usavam uns vestidos bem compridos e saia rodada, com várias anáguas por baixo. Assim a saia ficava bem rodada.
O belíssimo revolver foi comprado, parece que no natal de 58, pelo seu Seixas para dar de presente ao seu filho Edilson. Ou terá sido para Alderino??? Faz muito tempo... bons tempos!
Chico Parnaibano, colocando a tabuleta do cinema na frente do Bar Cruzeiro

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