sexta-feira, 4 de abril de 2014



Francisco das Chagas Paz.
Esta, minha terra.
E tudo isto é meu.
E bem poderia ser de muitos se como eu sentisse reinar de si este prazer. Prazer de ter vivido numa terra somente. Não sei o porquê disso.
Para mais de oito decênios.
Quantos se comportaram se contiveram acomodados em seu torrão quando as facilidades já sejam encontradas a porta?
Mas, é que eu fiquei para filmar as cousas da minha terra, terra sempre amada.
E aqui está o resultado. Tudo cousa de minha terra, do círculo de conhecimentos presenciado por mim. Cousas que eu vi, cousas que conheci, assisti, estive com elas. E todas fazem jus ao pesquisador, ao apreciar e porque não dizer, ao admirador.
Este pedacinho do Ceará, esta santa terrinha, Ipu, onde até Alencar encontrou campo aberto ao seu romance. Eu venho trazer um escrito, um canto que não a perfeição mas a vontade expressa da pessoa que se vale da expressão tão conhecida: “Mais faz quem quer do que quem pode”. Não temo críticas, estas para mim não existem. Se encontrarem defeitos na composição poética, não é de estanhar; não será esta a primeira vez nem tão pouco a última.
Não estou a procura de aplausos, cumpro o dever patriótico de cantar os passarinhos, as palmeiras,, as flores, os campos, as cascatas, como cousas alegres e também as saudades do passado nas suas diferentes modalidades.
Um mergulho no passado, uma admiração do presente; outra cousa mais encontrará o que me ler. O que me anima é remoer assim é o que foi de minha infância e parte de minha adolescência. Tudo meu? Tudo, sim. Minha a terra, minhas as observações, anotações e retenção de pensamento.
Há algumas cousas vistas por outros, mas registrados por ninguém. Passaram despercebidas e foram engolidas pela voragem do tempo. E jamais serão saídas as luzes, ao conhecimento dos novos que embebidos no alvoroço reinante do século não se dedicam a registrar o de hoje para dele falar no futuro.
Tudo do hoje é o já era do passado, mas o conhecer nos aguça a curiosidade de saber o que fomos no passado. Não éramos da indolência, mas nunca dos dias presentes ávidos de estragos de inteligências que cultivadas fariam glórias  e nomes apreciáveis a história de uma geração.
É bem verdade que no passado quando uma pequenez de habitantes  e mais pequenez ainda de gente de cultura apareceram e se destacaram com galhardia poetas e jornalistas, o que hoje quando tudo evoluiu está quase extinta a classe que se constituiu sempre o valor de apresentação de uma terra. Daquele passado valor; e dos nossos tempos indiferença e desprezo a literatura..
Nunca desanimemos. Tem muita gente moça, muitos estabelecimentos de educação dentro da própria terra e podem surgir vontades e dedicação para escritores.
A eles, aos moços dedico, incito a abraçarem a causa do amor aterra querida, Ipu.

(Francisco das Chagas Paz)

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