sexta-feira, 4 de outubro de 2013



O Comercio no alto dos 14.
A agricultura no Ceará nas décadas de 60 e 70 foi marcada pelo cultivo do algodão, oiticica, castanha de caju, e etc.
O comercio desenvolvia-se em função destas culturas, que aqueciam o mercado e programavam a indústria tão importante, aquela época, para a economia do Estado.
O Ipu viveu boa fase comercial de sua história, o movimento, “para aqueles tempos que já vão longe”, era intenso o movimento de caminhões e trens cargueiros que transportavam os referidos produtos para a capital cearense e até para fora do Estado.
Dos bairros mais antigos da cidade, o Alto dos Quatorzes, viveu uma era de glória, destacando-se como referencia no ramo do comercio, graças ao empreendedorismo dos comerciantes, ali residentes, dentre os quais se destacam: Obed Paulino atuava na parte alta do bairro, próximo a cancela onde funcionava o posto fiscal naquela época. Além de exímio negociante, seu Obed gozava do privilegio de ser irmão de Antenor Paulino, intermediários que fazia a ponte entre o comercio local a capital e outros centros comprando no atacado e transportando toda produção subsidiada pelos comerciantes do bairro até a cidade.

Pioneiro, no Alto dos Quatroze, Antonio Soares Lima foi uma personalidade marcante não só pela aptidão para o comercio, tino natural da genética dos Soares, mas também pela politica de subsistência que sempre norteou os rumos a seguir nos comércios a muitos ele ajudou dando emprego, oferecendo opções de Trabalho; ao agricultor financiava o plantio para receber na colheita, o que muito contribuiu para o sustento de muitas famílias.
Dos mais antigos negociantes ali chegaram pelos idos de 1932, instalado pequena mercearia para atender aos residentes e adjacentes, no trecho que corresponde hoje a Praça Doroteu na época chamada “Rodagem”, nome por ele batizado e que perdurou por muitos anos, logo criou uma fabrica de sandálias e cintos de couro, cujos funcionários eram Mestre augusto e Sebastiao Jorge, profissionais experientes na arte de lidar com couro.
Ao Sr. Manuel Pretinho fincavam as compras de melancia, para os mercados de Sobral de Fortaleza.
A família Biluca foi outra beneficiada pela visão otimista de seu Antônio. Joao, Sebastiao e Cuta Biluca, comercializavam produtos feitos de palha da carnaúba, coisas muito usadas e apreciadas naqueles tempos.
Seu vasto casarão de oito portas servia de armazém para os mais variados tipos de gêneros.
Era grande o movimento de clientes nos finais de semana. Dali saia carradas de algodão, mamona, oiticica, castanhas de caju para o mercado de Fortaleza.
Mas, Antonio Soares pode contar com a ajuda valiosa de sua esposa, Sebastiana Pontes, que teve relevante importância na jornada de ascensão comercial.
Outro comerciante de vulto foi o Joaquim Holanda Cavalcante, localizada onde funciona hoje a loja de carros, vizinho ao semáforo, e ainda tinha uma pousada onde hospedava os viajantes.
Escrito por; Irene Soares.
Conceituada Professora do Ipu.



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