sexta-feira, 27 de setembro de 2013


Antiguidades de Ipu
Ano 1961

Ipu, como qualquer outro lugar do mundo teve seus homens valentes e esses, muitas vezes portadores de feitos heroicos em defesa de seus chefes.
Lutas dignas de aplausos pela coragem indômita que empenham à vida e que a história guarda apenas na voz de quem as assistiu.
As famílias cujos valentes fizeram se destacar nesta terra podem ser mencionados: Os Beneditos, no alto do Quatorze; os Massapés, no Curral da Matança; os Ramos no reino de França; os Cibastes nos Canudos; Os Bastos, no Reino de França; Lúcio da Cecy, no Cemitério Velho; Chico Bastiana e João Herculano no Cajueiro; Raimundão, Lagartixa, na rua das cutias; todos homens que davam o que prometiam quando jurassem de fazer. Suas armas sempre foram o cassete de jucá e a faca do ferreiro da mina Velha, revólver era uma arma de milionários e esses eram bem poucos nos tempos da antiguidade. Nunca merece ser alvo de bravura o matador ladrão, traiçoeiro e perverso porque a semelhança das fraquezas, das ocasiões e da desigualdade de forças.
Falemos de homens que feridos no seu íntimo pelo desafio ou por qualquer insulto fizeram desabafar o seu valor defendendo direitos seus e de sua família, de faca em punho ou de cacête á mão, nunca matando, mas, abatendo ou desmoralizando o adversário, bem diferente do perverso pistoleiro de hoje contratado pela própria consciência a ser traiçoeiro e miserável apoiado na confiança dalgum político mandão. Nada de valentia, nada d bravura, somente covardia e perversidade!
Perversos e maus, miseráveis enfim que produziram crimes horrorosos que bem mereciam as galés perpétuas dos tempos antigos onde num calabouço sem lua eram sepultados como se vivos ainda permanecessem num inferno aqui mesmo na terra.

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