sábado, 9 de fevereiro de 2013


A História do Bloco da Mala – Esse ano se desfilar na avenida completará 25 anos de vida, é o bloco do povão, nele não tem idade nem partido, nem clero e nem cor, basta ter disposição e uma mala.  O Bloco da Mala é mais um, mais um a animar, a festa começa com ele e não tem dia nem hora pra parar, o que você trás nesta mala rapaz, parece ser coisas banais, saudades e muitas saudades de amor de outros carnavais, trás a mala, levanta a mala e não deixa a mala cair, é dentro dela que trago o meu coração dilacerado por uma paixão. Fundado em 1988 por um grupo de amigos, Sidney Freitas, Magela Ximenes, Rodrigão, Marcelo Carlos, Zé Maria Holanda e Julinho, conta à história, que Raimundo Lundu, (folião tradicional na época), chegando de viagem, esteve no BAR DO DEQUINHA MORORÓ no Mercado Público, comprou uma mala para ir o carnaval do Grêmio Recreativo Ipuense, ironicamente, todos que presenciaram a brincadeira, daí a ideia do Bloco da Mala, naquele ano o Prefeito Milton Pereira deu todo o apoio necessário para a organização sob a liderança de Sidney Freitas

Em 2009, o Bloco foi ameaçado de não sair na avenida por imposição das outras agremiações carnavalescas que achavam que o Bloco da Mala não fazia mais sentido, eu juntamente com o Hélio Filho e o Manoel Quixadá fizemos oposição sobre esse fato em uma reunião na Casa de Cultura Valderez Soares, entramos em contato com a ex-prefeita Toinha Carlos e tudo foi resolvido. O Trio Elétrico é comandado por um ônibus Ciferal de 1980, que virou marca exclusiva. 

O bloco completa seus 25 aninhos com muita animação nas ruas da Terra de Iracema. Ipu abre alas para o Bloco da Mala passar, à grande festa momina começa com ele, o povão grita em uma só voz “saudades e muitas saudades de uma amor de outros carnavais”, apologia ao amor e a paixão, o que você trás nessa mala, são alegrias e tristezas de milhares de vidas, massacradas pela política da vida. Ipuenses vivem mais uma era, de um carnaval de fantasias e saudades daqueles que se foram, de uma geração marcada pelo brilho da criatividade. 

- Afrânio Soares –

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