domingo, 23 de outubro de 2011

Aquarela


Aquarela.

Francisco Mello

Foi uma noite encantadora aquela

Das estrelas, qual mágica reponte.

A luz, como se fosse argêntea fonte

Jorrava linda em fundo de aquarela.


Saída da cortina de um monte

De negras nuvens, na celeste umbela,

A luz bailarina meiga e bela

Saltou para ribalta do horizonte...

E toda envolta em renda argentinada,

Deixando ver do corpo o doce encanto

Dançou “ballet” no céu de canto a canto


E mal rompido o claro da alvorada

Aos aplausos dos astros, reverentes,

Despediu-se e sumiu-se no Poente.

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