quarta-feira, 17 de agosto de 2011

foram Gestores de IPU.



Dados Biográficos dos Gestores Municipais de Ipu:

Cel. João Bessa Guimarães
(Intendente)

Era sobralense de nascimento e chagara ao Ipu na época da inauguração da Estrada de Ferro, de que era agente. Aqui se casou com dona Hermelinda de Sousa, filha do Cel. Porfírio José de Sousa e de dona Maroca Pessoa de Souza. O Cel. Bessa foi naquela época pessoa das mais influentes na região, filiado aos Marretas, opositores dos Democratas de então.
Foi Coletor Federal por muitos anos, quando se aposentou. Do casal nasceram os filhos Manoel, João, Luís, Maria, Raimundinha, Iracema, José (garoto que faleceu aos 11 anos, em 7 de fevereiro de 1921).
Manoel Bessa Guimarães, filho do Cel. João Bessa, foi guarda-livros (contabilista) e inspetor de ensino muitos anos em Ipu. Casou-se com a Srta. Maria da Conceição Menezes, natural de Mossoró, em 08-06-1944, consórcio de que nasceram os filhos Hermelinda e Marcos Aurélio de Menezes Bessa, Manoel Bessa era cidadão influente, muito inteligente, hábil no discurso e no relacionamento social, falecendo em Fortaleza em dezembro de 1973.
Outro filho do Cel. Bessa foi João Bessa Filho, que se casou já maduro com dona Elsa Rodrigues Bessa, de família sertaneja, obtendo desse casamento os filhos: Hermelinda, Francisco, João Bessa Guimarães Neto, José, Maria, Marcos, Maurício, Ana e Silvana. João Bessa morava em sua fazenda Boa Vista e faleceu nesta cidade a 27 de abril de 1976, com 75 anos.
Luiz Bessa Guimarães (bessinha) tinha 21 anos, mais ou menos, rapaz brincalhão e divertido, quando ficou hanseniano, moléstia então muito temida. Retraiu-se na fazenda Boa Vista e lá faleceu em 1918, na flor da idade.
Maria Bessa Guimarães morreu moça velha em Ipu, em 1916.
Raimunda Bessa Belém casou-se com o Sr. Luiz de Paula Belém, proprietário do sítio Engenho, duas léguas desta cidade. Desta cidade vieram os filhos: Nilo, José Bessa e uma menina. José Bessa é casado com uma filha de José Pereira, Toinha, cidadão inteligente, ex-funcionário do IBGE e residente em Ipu. Nilo faleceu no Rio, no Hospital Miguel Couto, aos 12 de maio de 1961.
Raimundinha Bessa, no dia 05 de junho de 1928, no sítio onde residia, foi envenenada por uma empregada de nome Alzira, num prato de comida, vindo a falecer momentos depois. A criminosa foi presa e processada nesta comarca.
Iracema Bessa Belém casou-se com Luiz Belém, viúvo de sua irmã Raimundinha, dando-lhe vários filhos.
(Ipu em Jornal)

Ten-Coronel Aprígio Quixadá (1912 a 1916-quatriênio).
(Intendente)

Exonerado do cargo de Intendente deste município de Ipu, o Ten-Coronel Aprígio Quixadá, nomeou substitui-lo o Bacharel Abílio Martins que, assumindo as funções do cargo, sem prestar o compromisso legal, em o dia 3 de abril, do mesmo ano de 1914.


Dr. Abílio Martins
(Intendente)

Nasceu no dia 21-11-1883. Bacharelou-se em Direito a 28-04-1914. Deputado Estadual, Chefe de Polícia (1920-1923). Jornalista, poeta, comediógrafo e fino humorista.
Faleceu em Caucaia (antigo Soure) a 26-09-1923, como Chefe de Polícia. Foi Intendente de Ipu em 1914.
Recebeu a justa homenagem, ainda em vida, o seu nome foi dado ao antigo Curupati (hoje Abílio Martins).

Cel. José Raimundo Aragão Filho
(Intendente)

Nasceu no dia 11-01-1864. Figura de projeção na política local. Comerciante e Prefeito (Intendente) em Ipu, por muitos anos. Faleceu a 19-03-1960, na sua cidade natal. Seus pais José Raimundo Aragão e dona Izabel de Sousa Barros. Foi o Intendente que teve a sua gestão mais longa em toda história política de Ipu (1914 até 1925).

Cel. Félix de Sousa Martins
(Prefeito)

Filho de José Martins Pereira e Maria Francisca de Sousa, nasceu em 14 de outubro de 1848, na Fazenda Irapuá, hoje, Pires Ferreira.
Contraiu matrimônio em 1869 com Maria Verônica de Sousa do qual teve treze filhos: Verônica, Maria Bela, Sebastiana, Maria Cecília, Antonia, Ana (Donana), Raimundo Martins, Elmiro, Gonçalo Martins, Francisco Martins, João Martins, Félix Martins Filho, José Martins.
Viuvou em 1924, casando-se no mesmo ano com Ester de Sousa Martins e logo aumentou sua família, tendo mais três filhos: Josefa, Maria e Félix Martins Segundo.
Em 1885 edificou em sua fazenda Lages um engenho onde fabricava rapaduras e aguardente. Nos anos seguintes construiu dois açudes e uma barragem que muito beneficiou a comunidade local e circunvizinha.
Em 1910 arquitetou uma fábrica de descaroçar algodão puxado a boi e outra de curtume beneficiamento de couro do gado. Destacou-se também pela dedicação a pecuária e a lavoura.
Foi coronel da Guarda Nacional e primeiro prefeito eleito por votos em Ipu.
Em 24 de maio de 1941, Ipu perdeu este grande empreendedor, exemplo dignificante, líder e cidadão, honraria moral que norteia, incentiva e impulsiona o clã dos MARTINS ao caminho do bem, quais irmanados, reverenciam-lhe a memória e o reconhecimento como seu autêntico paradigma “PATER FAMILIAE”.

Manuel Victor de Mesquita
(Prefeito)

Filho de Francisco Victor de mesquita e Maria Martins Mesquita. Nasceu na cidade de Ipu-Ceará, no dia 22 de março de 1886 e vindo a falecer no dia 23 de novembro de 1937.
Casou-se com D. Nelsa Martins Mesquita no dia 09 de maio de 1914 em Ipu. Desse enlace nasceram os filhos: Francisco, José, Maria, outra Maria, Manoel, Antonio, Manoel Filho, Maria Amélia (D. Beinha).
Manoel Victor viveu uns tempos no estado do Amazonas, onde mais tarde retornara ao seu torrão natal.
Trabalhou no comércio local com seu cunhado José de Farias. Foi delegado de polícia de Ipu e depois prefeito (de 1928 até 1930).
Residia nas imediações do riacho Ipuçaba, mais precisamente no final do Beco da Beinha (de quem vem do Quadro da Igrejinha para o Alto dos 14).
(D. Beinha)


João Martins Sobrinho
(Prefeito)

Nasceu em 05 de janeiro de 1891 na Fazenda Lages – Ipu-Ceará e vindo a falecer em 20 de janeiro de 1957 em Ipu-Ceará.
Filho do Cel. Félix de Sousa Martins e de Maria Verônica de Souza.
Casou-se a primeira vez com Raimunda Timbó Martins e tiveram os filhos: Manoel Timbó Martins (falecido). Do segundo casamento, com Francisca de Melo Martins, teve os seguintes filhos: José Gerardo Martins, nascido a 04 de março de 1929 (já falecido), em Ipu e aposentado como auditor do Banco do Brasil S/A; Tereza Martins Vale, nascida a 11 de abril de 1930, professora aposentada da Prefeitura Municipal de Fortaleza; Francisco Édson Martins, nascido a 08 de janeiro de 1933, fazendeiro em Cangati-Ipu-Ceará (falecido); Maria de Salete Martins de Sousa, nascida a 08 de janeiro de 1940 (dona de casa) em Fortaleza; Francisco Rui Melo Martins, nascido a 08 de junho de 1948, formado em Ciências Contábeis e exerce a profissão de comerciante, em Fortaleza.
(Anahídes Martins)

Joaquim de Oliveira Lima
(Interventor)

Nascido em Ipu no dia 9 de agosto de 1884 e falecido em 16 de agosto de 1986. Flautista, compositor de valsas, dobrados, polcas de sem tempo, além da conhecida marcha fúnebre Eterna Saudade. Casado com Dona Gessy, não teve filhos, mas criou Cefisa e Zuila. Comerciante abastardo, proprietário da primeira casa de ferragens da cidade. Socialmente mantinha uma roda de amigos, que era a ïnteligência” da região. Foi Prefeito Interventorial de Ipu de 1930 a 1934.
Foi o único gestor que teve uma atenção, digamos, básica prá época, ao nosso riacho Ipuçaba, chegando até mesmo a multar um tio seu por ter desviado um braço de água do mesmo. Havia na parte da serra uma pequena equipe de homens para supervisionar o leito do riacho, para que não houvesse o desvio das águas do riacho, como aqui também na parte de baixo, após a bica, uma outra equipe.
Foi componente da diretoria do Grêmio Ipuense, da Associação Comercial do Ipu, do Gabinete de Leitura de Ipu, das Conferências Vicentinas de Ipu e, quando da sua gestão como Interventor Municipal enfrentou uma missão árdua, quando no ano de 1932 no Ipu foi instaurado um dos sete campos de concentração de flagelados no Ceará. Foi um período de grande pressão por parte dos seus adversários. (conferir na relação dos ex-intendentes, ex-interventores e ex-prefeitos de Ipu).
Filho de Joaquim Lima de Oliveira e de D. Joana Gonçalves Lima. Adotou o mesmo nome do pai devido a morte do mesmo. Joaquim Lima estava no ventre de sua mãe, aos quatro meses de sua gestação, quando isso aconteceu. A mesma ficou viúva aos 32 anos de idade e vindo a falecer aos 90 anos.
Seu velório foi em sua residência, onde hoje é o prédio da IPUSAT, na rua Major Liberalino, defronte a avenida Iracema.

Dr. Luís Gonzaga da Silveira
Administrou Ipu do dia 24-04-1935 até o final deste mesmo ano.

Abdoral Timbó
(Prefeito)

Abdoral Timbó, ipuense de coração, nasceu em Cajazeiras dos Timbós, hoje Hidrolândia, chegou a Ipu, com 12 anos, indo morar na residência de sua tia Adelaide Timbó Martins, irmã de seu pai Vicente Timbó. Abdoral Timbó nasceu no dia 06-05-1896 e faleceu no dia 06-05-1969. Muito inteligente e esforçado, foi contabilista da firma “Barroso Aragão & Cia.”, pertencente ao Sr. Emídio Barbosa e Sr. Airton Aragão.
Depois se tornou empresário, fundando a própria firma: A Timbó & Cia.
Pecuarista e proprietário de fazendas e sítios. Político muito evidente em Ipu foi eleito para prefeito no ano de 1936, eleição disputada também por Dr. Francisco das Chagas Pinto da Silveira.
Abdoral era líder do UDN (União Democrática Nacional) em Ipu. Tinha muito carisma e capacidade de liderança, dentro de uma moral acima do espírito crítico de seus adversários, repito adversário, porque inimigos ele não tinha.
Abdoral foi quem teve a idéia de transformar a “Cadeia Pública”. Fez o contrato com o construtor Pedro Frutuoso, muito conceituado na região.
Era contra a utilização das praças fora do seu destino de fazer, ou seja, era contra a construção de prédios nas praças.
Conseguiu a construção do prédio dos “Correios e Telégrafos” para Ipu, por intermédio do senador Plínio Pompeu. Para evitar que o prédio fosse construído numa praça, foi comprado pela prefeitura o terreno e doado aos Correios.
Houve um movimento para evitar a construção do “Mercado da Carne” na Praça Abílio Martins (entre o mercado e o Jardim de Iracema), mas, o mercado foi construído. Depois, para melhorar o quadro, Abdoral foi favorável a localização do Banco do Brasil substituindo o tal “Mercado da Carne”.
Quando o Sr. Milton Carvalho capitalista ipuense, radicado no Rio de Janeiro, quis fazer algo pelo Ipu, Abdoral liderou o movimento para facilitar a realização em benefício da cidade, tendo sido adquirido da Paróquia do Ipu, o terreno do cemitério velho e doado para construção do “Patronato Sousa Carvalho”.
Quando a situação permitia, Abdoral faz todo esforço para arranjar nomeações para correligionários, notadamente para professoras.
Como deputado estadual, conseguiu a “água encanada” para Ipu, grande ambição da cidade, na época.
Conseguiu também o “Cartório Civil” para seu cunhado Pedro César Tavares, um benefício para cidade de Ipu.
Abdoral Timbó era digno, correto e justo. Amigo dos amigos e respeitava os adversários.
(Nota extraída Jornal dos Tabajaras Ed. Maio/Junho 96 – Zulene Paiva)

Abdoral Timbó veio a falecer em Fortaleza, sendo sepultado em nossa cidade. Em primeiras núpcias, casou com Dona Raimunda César Tavares Timbó (filhos: Itamar e Edvard) e, em segundas, com Dona Maria Augusta Tavares Timbó, irmã da primeira e ainda viveu alguns anos em nosso meio.
Foi suplente de Deputado Estadual em três legislaturas, comerciante e industrial (Piratininga de Algodão), pecuarista, fundador e presidente do Grêmio Ipuense, fundador do Núcleo Educacional de Ipu, sócio fundador do Banco Rural de Ipu, grande incentivador do desporto em nossa terra, um “político autêntico” – segundo um de seus maiores amigos, nosso Dr. Thomaz de Araújo Corrêa. Liderava uma roda política de grande envergadura, em seu escritório ou defronte à residência de Joaquim Lima, aonde acorriam as maiores figuras de seu tempo, como Dr. Félix Araújo, Oscar Coelho e muitos outros.
(Memórias Sr. João Chiquinho)

Francisco das Chagas Pinto da Silveira
(Interventor)

Natural de Santana do Acaraú foi Interventor Municipal quando na ocasião do centenário do município de Ipu, sendo uma grande realização de sua administração a festa de comemoração do nosso município, com grande repercussão em todo o estado do Ceará.
Ainda hoje está registrado, o grande marco de tal acontecimento, foi à idealização e construção da Praça 26 de agosto, que está localizada ao lado do passo municipal de Ipu.
Dr. Chagas Pinto, como assim era mais conhecido, foi pai do Dr. Milton Pinto, que também desenvolvia as mesmas funções do pai, médico, bem conceituado, onde disputou eleições em Ipu, não sendo eleito.
Casou-se com a filha do Cel. José Liberato de Carvalho, D. Maria Lídia Carvalho. E tiveram somente Milton Pinto.
Foi integrante do Gabinete de Leitura de Ipu (presidente), Casa Bancária de Ipu, Associação Comercial de Ipu em 1928.
Dr. Chagas Pinto

Manoel Bessa Guimarães
(Interventor)
Manoel Bessa Guimarães, filho do Cel. João Bessa Guimarães, foi guarda-livros (contabilista) e inspetor de ensino muitos anos em Ipu.
Natural de Ipu e aqui se casou com a Srta. Maria da Conceição Menezes, natural de Mossoró, em 08 de junho de 1944, consórcio de que nasceram os filhos: Hermelinda e Marcos Aurélio de Menezes Bessa.
Manoel Bessa era cidadão influente, muito inteligente, hábil no discurso e no relacionamento social, falecendo em Fortaleza em dezembro de 1973.

Dr. Humberto Carvalho de Aragão
(Interventor)

Nasceu no dia 15-01-1912. Bacharel pela Faculdade de Direito da Universidade do Ceará, em 13-12-1941. Foi Prefeito (Interventor) de Ipu e Juiz de Direito em Nova Russas, Reriutaba, Cariré, Milagres, Camocim e Fortaleza.
Filho de José Raimundo Aragão Filho e de dona Maria Cândida de Carvalho Aragão.
Casado com dona Izabel Dias de Aragão e tiveram os filhos: Maria Cândida, Humberto Aragão, Luiz Aragão, Ilda Aragão.
Concluiu o 2º grau e foi para o Seminário para ser padre e, como não tinha vocação voltou. Aposentou-se como desembargador.





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