segunda-feira, 25 de julho de 2011

(Foto AD.)


RETALHOS POÉTICOS

A noite revestida de sonhos e saudades.

E para suavizar mais ainda, à noite a música e o perfume das flores de resedá.

Ao arrolho doce da juriti. O dia amanheceu carregado de esperanças e felicidade.
E a noite caiu silenciosa e calma. A ramagem da vegetação vestiu-se de orvalho para engalanar
O frio tomou conta da rua deserta.
Apenas a lua a acompanhar silente o seresteiro solitário.

Quando ti vejo Igrejinha!
Sinto vontade de chorar...
Dos meus tempos de menino!
Quando a missa ia ajudar!



Do badalar do sino saudoso
De tua cripta saudosa,
Do teu Cruzeiro anoso
Deixa Igrejinha querida.
O teu Povo rezar.

Sobre a cidade, sobre as ruas, ergue-se a lua, encantando sigilosa a alma da noite, enchendo de fantasias os sonhos – a luz da fantasia e da certeza.

A folhagem dos ramos do arvoredo a balançar de mansinho na ramagem verde e bela.

A noite estende-se além das janelas. À noite, apenas a noite real, sem nada dizer, senão sua própria grandeza.

Imóvel, transparente a mover-se, na solidão das estrelas.

A noite terna e terrível ao alcance dos teus olhos, contemplando-te nas mil pupilas cegas e cintilantes.

Firmes, livres e tênues, os laços do amor nos conduzem como se fossem dois corpos de luz, no transparente silencio da noite.

À noite... Depois a cálida madrugada e com ela o novo dia; a passarada em revoada desperta num alvoroço saudando o amanhecer. A rola fogo-pagô cumprimente o despertar, na ponta das ramagens. Os canários, os pintassilgos saúdam o alvorecer risonho com o seu trinar majestoso e feliz.

A noite caiu tristonha e melancólica, o vento a soprar de mansinho começou a mexer com a ramagem verde e bela ao anoitecer.

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