domingo, 24 de abril de 2011

A Hidroelétrica de Ipu.




A HIDROELÉTRICA DE IPU

Servido-se de recursos da própria natureza, a Ipu está predestinada a um grande surto de progresso, o aproveitamento da queda d’água do Ipuçaba, instalando uma possante Usina que fornecesse a luz e força motriz à encantadora cidade de Ipu.
Nunca se apagara da mente do menino ipuense Delmiro Gouveia, a lembrança da passagem nativa com a Bica do Ipu, correndo perenemente da Serra Grande, desperdiçando-se suas águas.
E o sonho vai se realizar – FORÇA HIDRÁULICA no Ipu. A vida vai mudar e mudou mesmo com o beneficiamento da iluminação Elétrica.
Organizada a Sociedade, constituída por: José Tomé de Sabóia, (Fortaleza), Oscar Coelho (Ipu) e Joaquim Sebastião Ferreira (Fortaleza) este último cognominado de “O Homem da Luz”. Joaquim Sebastião casou-se em Ipu com distinta filha do casal Gonçalo Soares de Oliveira e D.Terezinha Soares de Paiva. D. Francisca Soares de Paiva, carinhosamente conhecida como D. Chiquita Soares.
A sociedade ficou assim intitulada: “COELHO FERREIRA E COMPANHIA” e iniciou os preparativos.
O motor da luz de marca “BATACLAN” foi colocado num prédio previamente construído no pé da serra lado Sul da cidade.
Era Prefeito de Ipu Joaquim de Oliveira a Lima, o grande ipuense que não se cansou e envidou todos os esforços para a concretização do evento.
Enfim, chegou o dia tão esperado e almejado pelos ipuenses, à luz seria inaugurada. E assim aconteceu no 20 de janeiro de 1931, aconteceu a tão sonhada inauguração. A cidade se revestia de júbilo. Muitos visitantes se encontravam na cidade, e precisamente às 18 horas do coreto do Jardim de Iracema, aconteceu o ato inaugural.
Proferiu um discurso chamado de oficial o Sr. Oscar Coelho que no momento em que acionou a chave geral pronunciou “Eis a Luz” e a cidade de repente ficou toda iluminada, todos sorriam, cantavam e aplaudiam. A Banda de Música tocou animadas e festivas peças musicais. O sino da Estação Ferroviária tocou e as máquinas apitaram solenemente.
As vinte e uma horas foi iniciado o grande BAILE, na residência do Sr. Manoel Dias Martins, casarão situado na Rua da Goela. A primeira música entoada pela Banda de Santa Quitéria foi à valsa de Zequinha de Abreu intitulada BRANCA.
As festividades duraram três dias. Foi uma das maiores festas realizadas na cidade naquela época.

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